Há mais de 20 anos, esta estrela estava no início da carreira: Hoje, é um dos nomes mais comentados do ano - e provavelmente do próximo!
Ketlyn Ribeiro
-Redatora
Apaixonada por cultura pop e com um grande acervo de curiosidades aleatórias na memoria, Ketlyn ama enaltecer produções nacionais.
Co-escrito com:
Guilherme Rocha

Em seus primeiros passos na TV, ele estrelou uma série de humor da Globo em que precisou usar cílios postiços e até arrancar pelos da sobrancelha com a pinça.

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A TV Globo foi o ponto de partida para a carreira de muitos artistas, alguns deles hoje reconhecidos internacionalmente. É o caso de talentoso ator e um dos nomes mais comentados do momento. Ele deu seus primeiros passos na TV em A Grande Família e, um ano depois, estrelou uma série hilária que muita gente talvez nem se lembre.

Sim, estamos falando de Wagner Moura, que acaba de ser indicado ao Globo de Ouro e é um dos favoritos para o Oscar 2026. Em 2003, pouco tempo antes de atuar em sua primeira novela, o astro participou do seriado Sexo Frágil, que acompanhava quatro amigos que lidavam com as fragilidades, inseguranças e contradições masculinas.

Os dilemas de quatro amigos na TV

Se você é millennial, provavelmente se divertiu com a obra, que tinha como proposta inverter o estereótipo tradicional e mostrar como os homens muitas vezes são emocionalmente frágeis, desejam ser mais sensíveis, flexíveis e dispostos a refletir sobre os relacionamentos.

Ao longo de duas temporadas, com episódios de cerca de 25 minutos, os personagens discutiam questões femininas fundamentais e se esforçavam para compreender o universo feminino, percebendo que muitas vezes ele é habitado por pessoas mais preparadas para o mundo que eles. Para absorver tudo isso, decidiam se colocar no lugar do sexo oposto.

Além de seus papéis masculinos, os atores também interpretavam as personagens femininas da história. Wagner Moura viveu Edu/Magali, enquanto seu grande amigo Lázaro Ramos, deu vida a Fred/Priscila e Malu. Também faziam parte da trama Bruno Garcia, como Alex/Vilminha, e Lúcio Mauro Filho, que interpretava Beto/Gertrudes e Lorena. Zéu Britto fez participação especial em alguns episódios da série.

Antes de gravar, os atores passavam horas se preparando, com o apoio de maquiadores, esteticistas, cabeleireiros, manicures e até depiladoras. Segundo eles, tirar o excesso de pelos das sobrancelhas com pinça era o processo mais doloroso, mas ainda precisavam pintar as unhas, remover as cutículas, aplicar cílios postiços e caprichar na maquiagem!

Criada por Luis Fernando Verissimo e adaptada por Guel Arraes, Sexo Frágil estreou na grade da Globo com uma difícil missão: substituir Os Normais nas noites de sexta-feira.

A série encerrou sua trajetória em agosto de 2004 e, em dezembro do mesmo ano, ganhou um episódio especial final, intitulado Programa Novo, que brincava com o fato de os quatro atores principais estarem cansados de interpretar personagens femininos no programa. A produção foi reprisada apenas uma vez, no antigo canal Viva, e nunca entrou no catálogo do Globoplay.

Do humor ao estrelato internacional

Depois de Sexo Frágil, Wagner Moura praticamente encerrou sua trajetória em humorísticos na TV. No ano seguinte, foi escalado para sua primeira novela, A Lua Me Disse (2005), e depois vieram outros trabalhos na televisão, como a minissérie JK (2006), no papel de Juscelino Kubitschek, e Paraíso Tropical (2007), em que interpretou Olavo.

No cinema e no streaming, ao longo de mais de 25 anos de carreira, o ator acumulou sucessos como Abril Despedaçado (2001), Carandiru (2003), Tropa de Elite (2006), O Homem do Futuro (2011), Narcos (2015), Shining Girls (2022) e Guerra Civil (2024).

Seu filme mais recente, O Agente Secreto (2025), já lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes, uma indicação ao Gotham Awards e, agora, finalmente, uma indicação ao Globo de Ouro. O próximo passo pode ser uma indicação ao Oscar. Vamos torcer!

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