O renovado Universo DC de James Gunn será uma segunda oportunidade para vários super-heróis clássicos que não conseguiram brilhar em seus primeiros saltos para a tela. Ou cujo retorno foi longamente adiado na tentativa de marcar distância desses notórios fracassos iniciais. Pelo menos, o fracasso de Lanterna Verde obrigou a considerar muito cuidadosamente como retomar esses personagens.
Graças à HBO, logo teremos de volta os Lanterns, mas tiveram que passar quase quinze anos desde o notório desastre com Ryan Reynolds para podermos vê-los novamente protagonizando sua história. Martin Campbell tenta endireitar um atropelado blockbuster de 200 milhões que está disponível no streaming HBO Max.
Hal Jordan é um piloto de testes com demasiada tendência à temeridade e pouca à assunção de responsabilidades. Enquanto seu futuro voando está em risco, ele se depara com a chegada de uma misteriosa nave alienígena, com um ser moribundo que lhe deixa um misterioso anel e uma lanterna que lhe outorgarão incríveis habilidades, incluindo a possibilidade de criar coisas a partir de sua imaginação.
Warner Bros.
Mesmo contando com um artesão medianamente confiável como Campbell, a falta de enfoque chamativo para o blockbuster super-heroico e sua adesão às fórmulas mais gastas e datadas prejudicaram muito esta aventura. Há indícios de imaginatividade em como são empregados os poderes dos lanternas, mas todo o resto acaba sendo incrivelmente desperdiçado.
Desde um vilão bastante esquecível e pobre até um Reynolds que está engessado em ser o herói convencional mais entediante possível, tudo termina deixando a sensação de evento estragado. Reynolds renegaria pouco depois desta segunda tentativa fracassada no cinema de super-heróis, seguindo também o fracasso de Blade Trinity, e faria piada disso com sua franquia de Deadpool. A verdade é que não há aqui uma joia escondida que se possa tentar reivindicar.
