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    "Acho que escapei por pouco daquele filme": 5 atores que precisaram de terapia após aceitarem protagonizar esses filmes
    Maria Santos
    Maria Santos
    Maria Clara decidiu estudar audiovisual para juntar o melhor de todos os mundos. Apaixonada pelo cinema independente e também pelos famosos filmes da sessão da tarde, não dispensa indicações e nem julga um filme pela sinopse.

    Artista também é gente! Esses cinco atores provam que não é só fã que passa sufoco na sala de cinema.

    Filmes têm o poder de causar diferentes e complexas sensações em cada espectador, seja frustração, medo e até mesmo fazer as pessoas abandonarem as salas do cinema após conferir uma cena que não agrada a todos os gostos.

    A verdade é que muitas vezes esquecemos que do outro lado da tela, os atores também passam por seus próprios momentos de sufoco, seja pela recepção do público ou até mesmo para entregar verdadeiras cenas e chegar ao ápice de uma interpretação. Para isso, eles acabam passando por seus próprios momentos de pesadelo, ao ponto de terem que procurar ajuda médica durante ou depois de uma produção.

    Por isso, o AdoroCinema separou cinco atores que tiveram que passar pela terapia após protagonizar seus filmes, confira:

    Alex Wolff - Hereditário

    A24

    Em 2018, Alex Wolff interpreta Peter Graham no perturbador filme de Ari Aster, já considerado um dos melhores longas de terror do cinema, e não é para menos que o ator tenha procurado ajuda após ter sua saúde mental impactada, visto o que teve que fazer nele, incluindo bater repetidamente a cabeça em uma mesa.

    Em uma entrevista para a Vice, o ator compartilhou que Hereditário afetou seu bem-estar emocional ao ponto de causar severas insônias. Wolff esclareceu que é impossível alguém passar por algo assim e não ter algum tipo de estresse pós-traumático depois.

    Ele também destacou por que não gosta de falar sobre os impactos negativos de seu trabalho. "Você realmente não quer parecer pretensioso ou sério demais ou como se algo fosse muito sério", acrescentou Wolff. "Nós temos um trabalho confortável de muitas maneiras, mas emocionalmente, foi um daqueles difíceis."

    Michael B. Jordan - Pantera Negra

    Marvel Studios

    Para viver o antagonista do príncipe T’Challa (Chadwick Boseman) em Pantera Negra, o ator Michael B. Jordan passou por vários momentos de isolamento, além de explorar pensamentos mais obscuros para entender melhor seu personagem Erik Killmonger, que está preso em um ciclo de raiva e rancor.

    "Acho que apenas estar nesse tipo de estado mental, esse real, intransigente... o tempo todo, meio que me pegou", o ator compartilhou em uma entrevista à Oprah Winfrey. "Eu fiquei um pouco deprimido."

    Jordan teve dificuldade para se readaptar após terminar seu trabalho no filme. Ele sentiu um impedimento em aceitar o amor por causa do que se forçou a afastar em preparação para interpretar o personagem, mas o tempo e a terapia o ajudaram.

    Isabelle Adjani - Possessão

    Gaumont Film Company

    Em 1981, Isabelle Adjani teve uma tarefa dupla ao estrelar no terror psicológico de Andrzej Zulawski, Possessão. Enquanto a atriz fazia o papel de Helena, uma professora do fundamental, ela também precisava interpretar Anna, uma mãe que começa a apresentar bizarros comportamentos.

    Foi apenas em 2021, durante uma entrevista ao programa Kermode and Mayo's Film Review, que a atriz informou que passou vários anos em terapia porque acreditava ter desenvolvido transtorno de estresse pós-traumático.

    Em um documentário do próprio diretor lançado em 2000, ele compartilhou que a atriz tentou cometer suicídio após sua interpretação de Anna.

    "Eu o chamo de filme mais extremo que já fiz", ela comenta. "Ele pediu coisas de nós que eu não poderia mais fazer agora. Acho que escapei por pouco daquele filme com minha sanidade praticamente intacta."

    Val Kilmer - The Doors

    Amazon Studios

    Val Kilmer pode ter uma vasta participação em filmes de sucesso, mas foi sua dedicação a interpretar o famoso cantor Jim Morrison em 1990 em The Doors que o levou do fim das gravações direto para a terapia.

    O ator mergulhou de cabeça na interpretação, chegou a entrevistar pessoas próximas ao falecido músico, como o produtor Paul Rothchild e decorou mais de 50 músicas da banda.

    Também passou por uma rigorosa dieta para chegar perto da fisionomia do cantor. Apesar de nunca ter confirmado, há boatos de que Kilmer pediu à equipe para chamá-lo de "Jim" durante a produção.

    Sua busca por ajuda médica estava ligada ao fato de que ele não conseguia sair do personagem, precisando focar em uma nova "busca espiritual", como compartilhou em entrevista ao The Washington Post.

    Dakota Johnson - Suspiria

    Amazon Studios

    Por incrível que pareça, não foi Madame Teia que levou Dakota Johnson ao hospital psiquiátrico, mas sim o remake de Luca Guadagnino do clássico terror de Dario Argento, Suspiria.

    A atriz, interpretou Susie, uma bailarina que acaba de chegar em uma prestigiada academia de balé em Berlim e passa por momentos intensos até descobrir que o local esconde um segredo sobrenatural envolvendo os docentes.

    Com cenas intensas, a produção mostrou o ápice de interpretação de Johnson, e durante uma coletiva de imprensa no Festival de Cinema de Veneza (via Entertainment Weekly) a atriz expôs:

    "Quando você está trabalhando às vezes com assuntos sombrios, isso pode ficar com você... Falar com alguém realmente gentil sobre isso depois é uma maneira realmente agradável de seguir em frente com o projeto."

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