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    Xuxa, O Documentário
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    3,3
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    Kamila A.
    Kamila A.

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    Crítica da série
    3,5
    Enviada em 14 de agosto de 2023
    É muito emblemático que “Xuxa, o Documentário”, série com direção geral do jornalista Pedro Bial, estreie no ano em que Maria da Graça Xuxa Meneghel completa o seu 60º aniversário. Na série, iremos acompanhar Xuxa fazendo um balanço de sua trajetória pessoal e profissional, por meio de entrevistas concedidas por ela, bem como depoimentos de pessoas/personalidades que fazem parte desta história.

    Algumas constatações podem ser tiradas de “Xuxa, o Documentário”. A primeira delas é que a apresentadora foi a maior representante e símbolo do entretenimento infanto-juvenil que foi marcante no Brasil nas décadas de 80 e 90. A segunda delas é que o sucesso de Xuxa ultrapassou fronteiras, na medida em que ela é igualmente importante em países da América Latina, como a Argentina. A terceira delas é que, quando falamos da profissional Xuxa, não dá para negar a importância da diretora Marlene Mattos na sua trajetória.

    E aqui é importante fazermos um adendo: embora o documentário queira colocar Marlene Mattos numa posição de vilania, a verdade é que, se hoje estamos assistindo a esta série, é por causa de Marlene. Claro que, na trajetória de Xuxa como apresentadora infantil existe o mérito dela mesma, porém também há que se reconhecer a competência de Marlene Mattos na construção desse império.

    Dividida em cinco episódios, “Xuxa, O Documentário” enfoca diversos aspectos da vida da apresentadora: a vida familiar, o início da carreira como modelo, a transição para a televisão e o público infantil, como ela se consolidou como o maior nome do seu segmento, as perdas pessoais, os trabalhos assistenciais, os amores e as experiências traumáticas no meio de tantas coisas positivas.

    Por ter sido um documentário idealizado pela própria apresentadora, a impressão de ser uma obra chapa branca é uma constante, apesar das diversas contradições que podemos encontrar ao longo da história. Falta, na série, um contraponto à história de Xuxa e é uma pena que “Xuxa, O Documentário” termine de uma forma tão anticlimática. A história daquela que é uma das grandes estrelas que o Brasil já produziu merecia um final apoteótico.
    Rodrigo Gomes
    Rodrigo Gomes

    5.355 seguidores 804 críticas Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 17 de agosto de 2023
    Auge. Rainha. Absoluta. Completo. Assim podemos definir esse mega documentário que sintetiza a história do maior ícone que o Brasil têm, quiçá um dos maiores ícones do mundo. Xuxa sempre esteve a frente de seu tempo e atravessou barreiras e gerações sendo sempre amada e ovacionada por onde passa. Temos verdade, emoção e principalmente a liberdade. É uma obra-prima.
    Mariano Soltys
    Mariano Soltys

    1 seguidor 33 críticas Seguir usuário

    Crítica da série
    3,5
    Enviada em 9 de agosto de 2023
    Série sobre Xuxa em evidência e a filosofia

    Pessoas de nossa geração lembram com carinho de Xuxa, seja pelas festas de aniversário onde se tocavam as músicas dela, seja sobre o fenômeno na TV que borbulhava, seja pelos desenhos animados, em especial pelo Caverna do Dragão, que com o mestre dos magos, era o desenho mais filosófico que existia, fazendo as crianças se perderem nessa história sem fim, nessa aporia, que não teve final até hoje. Xuxa em documentário mostra sua relação com o herói da Fórmula 1, Ayrton Senna, que também marcou a geração que hoje tem em torno de 40 anos, levando a se pensar no tema filosófico da indústria cultural. Xuxa teve tanto sucesso que foi idolatrada, além do Brasil, também na Argentina, chegando até mesmo a ir para os EUA, mas lá sendo difícil a língua como barreira. O fenômeno Xuxa nem é imaginado por novas gerações, sendo que nós crianças, seja em anos 90 ou 80, vivíamos a melhor época para ser criança, com um mundo bem mais real, diferente de atualmente, ligado mais a celulares e a um mundo virtual. Foram bons tempos, onde tínhamos o vencedor na Fórmula 1, nosso futebol era também campeão, hoje não passando nem da fase de grupos, como ocorreu com o feminino, e assim o tempo da Xuxa. Até o influencer Audino Vilão falou de que com Xuxa se pode refutar Kant, tratando ainda de indústria cultural, razão instrumental, Escola de Frankfurt, iluminismo e muitos outros temas filosóficos. Também tratou de cultura de massa e de cultura erudita, o que mostrou boa informação. Foi além ao comentar sobre Walter Benjamin, com a reprodutibilidade técnica. A cultura visa um tanto o lucro, mas também leva a nostalgia de um tempo que sempre parece o que havia um tempo melhor. Xuxa refutaria Kant com o uso da razão instrumental, contra o imperativo categórico. Mesmo além do capitalismo, parece que a volta para a infância, o tema da Barbie e outros, acabam prendendo mais, e séries hoje são feitas para pessoas de 30 e 40 anos, que consomem e são mesmo um público que compra, que tem um vínculo maior com a TV, com os produtos que existiam. Mas Xuxa marcou, e não havia ninguém que nem ela nem nos EUA, como relata um produtor. As questões morais, a vida dela, bem como certos acontecimentos polêmicos, são também relatados, bem como o acidente de incêndio, que não teve um resultado mais trágico. Curioso que os jovens começam a conhecer tanto a Xuxa como a Barbie, que foram marcantes na infância de outras gerações, e que mostram que havia uma boa qualidade de produções, bem como um tempo mais voltado a infância, algo que hoje não se faz tanto presente, não tendo mais programação tão ampla em TV, streaming, internet, para esse público. Xuxa mostra um feminismo curioso, e um tempo em que havia menos cancelamento, mais entretenimento e onde não se conseguia viver sem ela, pois toda festa infantil, parque, aniversário, brinquedos etc, tinha uma música dela tocando. Para finalizar, eu mandaria um beijo para meu pai, minha mãe, e você.

    Mariano Soltys, filósofo e advogado
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