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    O Segredo Além do Jardim
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    anti herói
    anti herói

    3 seguidores 13 críticas Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 10 de maio de 2020
    “(...) ela é espreita como a noite, ela canta como os quatro ventos, ela é o fim da esperança, ela rouba crianças e ela vai destruir”. Over The Garden Wall é, antes de uma mera animação, uma passagem entre o conforto e o desconforto, o conhecido e o desconhecido e entre a infância e a fase adulta. É um retrato do medo interior de forma exteriorizada. A abordagem do medo é de forma instantânea, rápida, fluida leve através de curtos episódios, mas jamais algo que tem alguma pressa. É uma animação de mundo aberto rica em elementos diversos, mas com uma fluidez temporal que não é acelerada artificialmente para mostrar todos esses elementos de forma vazia, algo próximo de uma citação de um personagem, exceto nas brincadeiras de Greg onde o garoto se desloca para todo o cenário visível pelo telespectador, enquanto Wirt fixa-se em um único ponto para buscar informações e caminhos para voltar para a casa, afinal o desenho se constrói através da jornada dos irmãos em voltar para seu lar. Existe uma tendência da Cartoon Network em projetos que se passam em mundos abertos, como Hora de Aventura e Steven Universo, onde os personagens vivem e atuam nesses mundos e em sua vastidão. Entretanto, em Over The Garden Wall os personagens Wirt e Greg se encontram perdidos e deslocados nesse mundo aberto, ao contrário, por exemplo, de Hora de Aventura onde Finn e Jake aventuram-se de forma livre, como se já conhecessem tal universo. Ou seja, Over The Garden Wall, que é uma obra sobre o medo, o desconhecido e o obscuro, mostra o contraste entre os personagens e o ambiente, enquanto Hora de Aventura, que é uma obra sobre superações, sentimentos, aventuras, amadurecimento e reflexões, mostram personagens que se complementam no ambiente (algo que vai mudar, obviamente, com o amadurecimento).
    Os elementos presentes em Over The Garden Wall em outras séries que seu, criador, Patrick McHale, já trabalhou mostram as influências e a importância dessas outras obras para mini-série, principalmente As Trapalhadas de FlapJack e Hora de Aventura, citado anteriormente. Porém, é FlapJack que merece a maior parte do mérito, pois não apenas Patrick McHale com Over The Garden Wall, mas também J.G. Quintel com Apenas Um Show, Pendleton Ward com Hora de Aventura e Alex Hirst com Gravity Falls, foram influenciados pela obra de Thurop Van Orman. McHale incorporou as cores da animação de FlapJack em Over The Garden Wall trazendo uma nova estética para a série. FlapJack contem um jogo de cores frias que traz a animação uma estética sombria, enquanto Over The Garden Wall mistura tais cores frias com cores pasteis, trazendo uma idéia de iluminação, principalmente quando o desenho se ambienta de manhã.
    No cinema, a fotografia determina a intensidade de cores e iluminação na filmagem que alteram a perspectiva do telespectador sobre o que está passando. Em Over The Garden Wall, tal influência causada pela iluminação e pelas cores é presente no modo de abordagem do medo e dos conflitos dos personagens: quando a obra se encontra em uma ambientação de manhã, o sentimento de esperança causado pela presença de uma iluminação marrom alaranjada, enquanto a obra está em uma ambientação a noite, a sensação de tristeza, sobriedade e medo é causada pela presença das cores frias. Tim Burton, famoso diretor de cinema que criou um público infanto-juvenil com obras como A Fantástica Fábrica de Chocolate e O Estranho Mundo de Jack, é conhecido pelo uso de elementos góticos e excêntricos caracterizados pela estética rica em cores frias, sendo uma das grandes inspirações para Over The Garden Wall para a criação de sua base artística, juntamente com a literatura infantil e os contos de fada dos Irmãos Grimm. Inclusive, um dos contos mais infantis mais conhecidos do mundo e que serviu como inspiração para o surrealismo e para a fantasia para Over The Garden Wall, Alice no País das Maravilhas, foi adaptada para filme por Tim Burton em 2010. É interessante notar a importância para o filme de 2010 pois a obra de McHale se aproxima muito mais da obra de Burton do que do livro original de Lewis Carrol. No livro, Alice é uma menina mais curiosa relacionada ao lugar onde se encontra, enquanto no filme é uma garota mais reservada e quieta. Pode se dizer que Wirt se aproxima da Alice do filme enquanto Greg se aproxima da Alice do livro, mas o conceito de Over The Garden Wall, em sua maioria, se aproxima do filme de Tim Burton por uma questão temporal e cultural.
    Muito mais do que o medo e o mistério, a mini-série aborda as conseqüências desses sentimentos em personagens que se contrastam diretamente não apenas nas noções desse medo e desse mistério, mas nas personalidades que influenciam nesses contrastes. Em Wirt e Greg, por exemplo, é nítida a responsabilidade e a imaturidade andando juntos, representando o “adulto/adolescente chato’’ e a criança alegre respectivamente. Tais contrastes de personalidades entre Wirt e Greg geram também contraste até mesmo na linguagem que cada um utiliza nas situações que vivem. Wirt, amante de poesia e clarinete, fala como se estivesse recitando um poema com uma linguagem subjetiva e poética. Greg, mostrando-se uma criança infantil e que age sem pensar, fala coisas aleatórias que vêem a sua cabeça, utilizando uma linguagem objetiva espontânea. Essas diferenças entre os dois irmãos e outras personagens, como Beatriz, são mais nítidas na primeira metade do desenho, mas suas semelhanças ficam cada vez mais nítidas quando o medo aumenta gradualmente. No caso de Beatriz, por exemplo, a garota transformada em pássaro azul é um contraste rude e agressivo contra Wirt, carregada de ironia e deboche contra o garoto, porém Wirt e Beatriz se aproximam e se conhecem mais no episódio 5, Louco Amor, (bem na metade do desenho) onde eles estão na mansão do “tio” dos irmãos. É justamente nesse episódio onde é revelado a paixão de Wirt pela poesia, pelo clarinete e por uma colega e como Beatriz foi transformada em pássaro. É a primeira vez em que a relação entre os dois não é ocasionada por algum conflito de ironias, deboches e ofensas.
    Over The Garden Wall não torna seus personagens vazios criando apenas diferenças entre suas personalidades cuja única função é criar estereótipos e arquétipos, mas desenvolve semelhanças entre si para humanizá-los, ou melhor, mostrar que a humanidade tem a mesma forma substancial e existência independente de questões psicológicas, morais ou ideológicas. Wirt, Greg, Beatriz e, outro personagem não citado mas não menos importante, o Senhor da Mata, contém os mesmo conflitos, os mesmo problemas, a mesma busca por um objetivo e, a palavra-chave da obra, o medo. O Senhor da Mata, sendo a única presença adulta na obra, é um caso a parte, pois mostra como o medo é consumido e plantado numa mente adulta. Enquanto em Wirt, Greg e Beatriz, todos jovens, traçam o sentimento de medo sobrepondo-o sobre sua vida pessoal e seus objetivos, o Senhor da Mata/Lenhador vive paralelamente de seu medo. Sabe-se que ele tem a alma de sua filha dentro do lampião, e ele deve manter as chamas da lanterna acessa para, segundo A Fera, manter a alma de sua filha acessa. Porém, na verdade, é a própria Fera que é mantida vida com o objeto acesso. Sabe-se então que o lampião que o Senhor da Mata segura a série inteira é o signo de seu medo que, no final da obra, é superado quando Lenhador traz sua filha de volta.
    Nos três personagens principais (Wirt, Greg e Beatriz), cria-se a reflexão sobre seus defeitos, habilidades e culpas, mas logo depois são superados. Wirt é um adolescente niilista com medos sobre paixões típicas da idade, mas que consegue superar seu medo aceitando quem ele é. Beatriz é a menina que se sente culpa pela situação (que ela causou) de sua família transformada em pássaros azuis, mas que consegue quebrar tal feitiço. Porém, é em Greg que a transformação pessoal é maior. O garoto de comportamento infantil reflete sobre papéis de liderança e responsabilidade, tendo um sonho mágico onde ele é transportado para um sonho com um mundo mágico, onde ele pede alguma a uma anja. Porém, já foi mostrado anteriormente que Greg tem inteligência para mudar uma situação para melhor, como foi o caso do episódio 4 onde ele transformou um ambiente escolar chato controlado por um sistema fechado e rigoroso de educação em um ambiente alegre, divertido e cheio de música.
    Por fim, um último personagem que merece a atenção crítica é o antagonista, A Fera. Sua aparência física marcada por uma sombra abstrata com um formato de chifres, elemento que simboliza os animais, e ao mesmo tempo, o diabo, e formada por faces de expressão horrorizada, imagem mostra em poucos frames no último episódio. Sendo uma simbologia para o medo, ou seja, um sentimento abstrato, A Fera contrasta com outros antagonistas de outros desenhos recentes, como Bill Cipher, de Gravity Falls, e Lich, de Hora de Aventura, cujas aparências físicas contêm simbologias concretas.
    Over The Garden Wall é reflexo de duas tendências, uma interna e outra externa, no mundo das animações. A interna refere-se ao sucesso da Cartoon Network em mini-séries como Infinity Train, lançado anos depois, que trazem poucos episódios que curta duração, mas que valem longas temporadas. A tendência externa é o fenômeno da crescente onda de animações com temáticas mais filosóficas e existenciais como Rick and Morty, Bojack Horseman e o recente The Midnight Gospel. Em uma geração que problemas como depressão e ansiedade crescem a tona em um mundo cada vez mais frenético e informativo, animações com esse tipo de temática é cada vez mais necessário. A animação de McHale traz isso de em poucos episódios de curta duração, mostrando que tempo não é algo importante para passar uma boa mensagem, coisa que desenhos com várias temporadas ou com episódios longos não conseguem fazer. O tempo é pequeno enquanto o medo humano e o desconhecido são enormes. O tempo é uma flor que se desmancha rapidamente. O medo é o segredo além do jardim.
    Lavi Thiago N.
    Lavi Thiago N.

    4 seguidores 32 críticas Seguir usuário

    Crítica da série
    4,5
    Enviada em 8 de abril de 2018
    Nada além que eu posso falar que essa minissérie é muito boa , a história , os personagens , as músicas , e principalmente os mistérios que te prendem , queria tanto que ela se tornasse uma série com várias temporadas , pq ela é uma minissérie com um bom acerto que daria muito certo , que pena que acabou ,quero mais
    Rodrigo o que?
    Rodrigo o que?

    96 seguidores 211 críticas Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 25 de julho de 2020
    Finalmente um bom desenho animado não clichê
    Finalmente!!! Graças a Deus
    Me lembra os filmes do Tim Burton
    andre nunes da silva
    andre nunes da silva

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 10 de novembro de 2019
    Uma série muito boa, piadas bem colocadas, animação boa, história tocante, personagens carismáticos, palheta de cores bem escolhida, sendo boa para um adulto ou criança e com um final que não te deixa querendo mais, melhor série de todas.
    Novo Danilo
    Novo Danilo

    5 seguidores 38 críticas Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 30 de janeiro de 2021
    Sem sobra de dúvida uma das coisas mais belas que meus olhos já viram!
    Um raro desenho atual que não trata as crianças como retardadas igual a Peppa Pig e seus clones. O Segredo Além do Jardim é o magnun opus da Cartoon Network!
    Diogoymagxgnhh122
    Diogoymagxgnhh122

    3 seguidores 60 críticas Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 3 de outubro de 2021
    Sem dúvidas uma das coisas mais belas que meus olhos já viram. Uma animação perfeita no início ao fim simplesmente algo de outro mundo!. É realmente algo que não dá pra explicar em palavras... Apenas por favor assista não irá se arrepender.
    Jhennifer Gabriele
    Jhennifer Gabriele

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 21 de junho de 2020
    acho q realmente n tenho palavras pra descrever o quanto eu amei,essa minissérie é muito boa,a história é maravilhosa,os personagens são incríveis,e com personalidades incriveis,as músicas te prendem no desenho,elas fazem vc querer ver mais e mais,o q mais me prendeu nesse desenho foi todo o mistério q táva acontecendo,é uma coisa q vc n vê em um desenho "normal",com todos os desenhos fracos q tem hj em dia,assiti esse sem esperança nenhuma de ser diferente dos demais,e realmente me surpreendi com cada detalhe do desenho,assiti todos os ep. de uma vez...eu me empolguei,e assisti um atrás do outro,sem perceber.
    É isso jente,em uma escala de 0 a 10,eu dou 10 pra esse desenho
    ryanbrayanromero j
    ryanbrayanromero j

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da série
    4,5
    Enviada em 11 de setembro de 2019
    Eu achei otimo, por ter um misterio, varios personagens e um suspense bom de se ver, vejo que os personagens mesmo crianças tem em mente o aperto que estão passando, é muito bom essa serie foi muito bem feita a musica te deixa tenso pra querer saber o que vai acontecer, demais a historia, coisas bizarras ocorrem na serie que normalmente é dificil de se ver em outro desenho, tudo que mostrou foi uma parte da animaçao infantil nunca viram, estamos em um tempo que os desenhos de hoje estão muito fraco, e essa serie deveria ter sido um arranque que mudaria tudo, pena que ocorreu, mais não tira em mente o grande trabalho que fizeram, eu amei e nunca vou esquecer, mas torço para um dia lembrarem dessa animação.
    Jefferson da Silva
    Jefferson da Silva

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 20 de maio de 2021
    Eu tinha em mente que todo mundo ja havia assistido, simplesmente pela qualidade disso ser absurda. Agora que eu sei que eu tenho que gastar palavras pra ter que explicar o por que de algo ótimo ser ótimo, eu só nao pretendo fazer. Sinceramente isso vai ser uma das melhores series que tu ja viu se você assistir, então só vai. Tem de tudo nisso namoral.
    Thiagoferreiradesantana150
    Thiagoferreiradesantana150

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 13 de setembro de 2023
    Essa série é a maior pérola que já vi em toda minha vida, eu não assisto tanto assim; então não assista se decepcione e venha reclamar (Isso provalvemente NUNCA vai acontecer)

    É tão incrível e maravilhosa que me deixou chocado, a trilha sonora é muito envolvente, a animação é beeeeemm agradavél, spoiler: fora as reviravoltas chocantes que me deixaram CHOCADO (Eu sou drámatico e exagerei hihih)


    Outros pontos bem postivos são.. Tem uma história um pouquiiiiinho simples; o que deixa a série ainda mais perfeita, e o melhor spoiler: O MELHOR, é que tem um final EXTREMAMENTE satisfatório; com certeza foi o que eu mais amei, não no assistir da série; mas nela em si, aquilo de..
    É MINHA SÉRIE FAVORITAAAAAAAA

    spoiler: Sabe.. é... Tem outras animações que terminam e fica aquele furo na alma, deixa um monte de coisa em aberto, ou só tem um final ruim e decepcionante (Na minha opinião essa é o inverso)


    Então é isso, assistam é MUITO BOA
    Jo Pe
    Jo Pe

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 16 de fevereiro de 2024
    Uma minissérie incrivelmente boa de se assistir, com a melhor trilha sonora que eu já ouvi (pelo menos que eu me lembre). Achei tão boa que pretendo assistir de novo só que em inglês haha. Quanto à minissérie, na minha opinião, no geral, é do mesmo nível das maiores obras do Cartoon Network, sem dúvida alguma. É uma pena mesmo não ser tão conhecida quanto elas, mas só dela existir já é um fato que me conforta hahah.
    Rogerio Loureiro
    Rogerio Loureiro

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 8 de março de 2024
    Amo a série, o estilo da animação, o cenário é tão gostoso de se ver e a história foi bem elaborada! Simplesmente uma série incrível que posso assistir mais de 10 vezes.
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