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    Autor de House of Cards confessa que temia adaptação da Netflix: "Eu pensei que fosse dar tudo errado"

    Premiada série surpreende como um sucesso crescente em sua terceira temporada, e Michael Dobbs revela: "Tem sido a experiência profissional mais feliz da minha vida."

    House of Cards chegou ontem à sua terceira temporada, e surpreendendo a todos no mercado por seu tremendo sucesso online. Segundo a empresa ListenFirst Media, o crescimento de séries na web tende a desacelerar após a primeira ou segunda temporada. Quebrando paradigmas, a série original Netflix dobrou o número de fãs nas redes sociais à chegada de seu terceiro ano. Um dado surpreendente, mesmo para uma atração exclusiva em plataforma online.

    E o sucesso do thriller político não se resume à audiência. Além de ter encontrado seu público e estar atingindo cada vez mais pessoas, a atração é praticamente unanimidade entre a crítica especializada. Para completar, House of Cards chegou ao seu segundo Globo de Ouro em 2015, consagrando a excelente atuação de Kevin Spacey como o implacável Presidente dos Estados Unidos Frank Underwood (assim como acontecera, em 2014, com Robin Wright no papel da calculista Claire). Sucesso completo. Para surpresa de seu criador.

    "Eu pensei que fosse dar terrivelmente errado, e que eu acabaria na entrada de casa, gritando na caixa de correio 'Vocês entenderam tudo errado!'", disse Michael Dobbs em entrevista à Radio Times magazine. Passadas duas temporadas muito bem-sucedidas, fieis à essência da obra original, o escritor se derrete: "Mas, tem sido a experiência profissional mais feliz da minha vida, e isso é algo que eu jamais pensei que seria capaz de dizer."

    Michael Dobbs sabe o que diz, e tinha todos os motivos para sentir desconfiança. Entre 1990 e 1995, foi ao ar a primeira adaptação de House of Cards, pela BBC. A série terminou após três temporadas, com (spoiler prescrito) o assassinato do manipulador e tortuoso Primeiro-ministro Francis Urquhart. As decisões criativas da emissora britânica incomodaram Dobbs, a ponto do escritor pedir que removessem seu nome dos créditos da série.

    "Quando um executivo de alto escalão da BBC veio a mim dizer que se eu tirasse o meu nome, eu nunca, nunca mais trabalharia para a BBC, eu achei que eles estavam me dando absolutamente tudo o que eu precisava para ir embora, e eu fui", disse Dobbs, produtor executivo de uma versão americana que ele garante ser totalmente independente de sua trilogia de livros. Algo com que ele lida com total naturalidade, por sua confiança na equipe de produção responsável pela jornada de Frank Underwood na Netflix.

    Nos próximos dias, crítica da terceira temporada de House of Cards aqui, no AdoroCinema.

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