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    Enola Holmes e outras produções que quebram a quarta parede

    Após o recentemente lançamento da Netflix, as produções que quebram a quarta parede voltaram a ser pauta!

    Recentemente estreou na Netflix o longa Enola Holmes, versão um pouco mais diferente daquilo que já havíamos visto do Sherlock Holmes nas telonas até agora. Dentre as maiores novidades estão no fato da trama não ser focado exclusivamente nele desta vez e também da protagonista vivida por Millie Bobby Brown utilizar bastante do recurso de "quebra da quarta parede".

    Conforme já explicamos em uma matéria especial contando as origens do termo, a quebra da quarta parede acontece quando determinado personagem rompe a "parede" que separa as coisas que acontecem dentro da tela e se comunica diretamente com o público. Como o termo voltou a ser o ponto de debate, o AdoroCinema trouxe uma lista com mais algumas obras que utilizam o artifício narrativo. Confira!

    ENOLA HOLMES

    Enola Holmes (Millie) é uma menina adolescente cujo irmão, 20 anos mais velho, é o renomado detetive Sherlock Holmes (Henry Cavill). Quando sua mãe desaparece, fugindo do confinamento da sociedade vitoriana e deixando dinheiro para trás para que ela faça o mesmo, a menina inicia uma investigação para descobrir o paradeiro dela, ao mesmo tempo em que precisa ir contra os desejos de seu irmão, Mycroft (Sam Claflin), que quer mandá-la para um colégio interno só de meninas.

    Misturando os clássicos elementos de investigação a linguagens e estéticas mais jovens, Enola Holmes apresenta uma realidade na qual Sherlock é apenas uma coadjuvante dentro da história de alguém que dentro dos novos conceitos da mitologia criada por Conan Doyle também possui a própria narrativa. E é justamente de Millie que partem os momentos nos quais ela se expressa através da quebra da quarta parede!

    FLEABAG

    Fleabag (Phoebe Waller-Bridge) é uma jovem adulta lidando com problemas quase universais sob o ponto de vista feminino: problemas de relacionamento, frustração sexual e profissional, conflitos familiares. Uma mulher moderna vivendo em Londres, ela está tentando curar uma ferida enquanto recusa ajuda daqueles à sua volta, mantendo seu perfil intimidante o mais intacto possível. 

    Extremamente premiada e marcante, mesmo com apenas duas temporadas, Fleabag trouxe novamente as interações da personagem com o público de uma maneira um pouco diferente: só nós sabíamos exatamente como ela se sentia por dentro. Os momentos de egoísmo, ódio, amor e qualquer outro excesso eram partilhados apenas entre a personagem e nós. 

    CURTINDO A VIDA ADOIDADO

    No último semestre do curso do colégio, Ferris Bueller (Matthew Broderick) sente um incontrolável desejo de matar a aula e planeja um grande programa na cidade com sua namorada (Mia Sara), seu melhor amigo (Alan Ruck) e uma Ferrari. Só que para poder realizar seu desejo ele precisa escapar do diretor do colégio (Jeffrey Jones) e de sua irmã (Jennifer Grey).

    Responsável por reformular o mecanismo narrativo de colocar o personagem conversando com a tela, Curtindo a Vida Adoidado trazia o protagonista Ferris Bueller desabafando sobre o quão tediante era ter a vida de um estudante do ensino médio, ao mesmo tempo em que nos dava conselhos como a importância de se aproveitar a vida um pouco de vez em quando.

    HOUSE OF CARDS

    Frank Underwood é um astuto congressista norte-americano que é traído pelo presidente que ele ajudou a eleger. Com a ajuda da esposa, de uma jornalista ambiciosa e de um outro político com problemas com alcoolismo, Underwood inicia um plano para minar adversários políticos e conquistar, em alguns anos, a presidência dos Estados Unidos.

    "Fui eleito presidente e sequer um voto foi dado em meu favor. Vocês não amam a democracia?". Concebida por David FincherHouse of Cards foi uma das apostas mais certeiras da Netflix e trouxe um Underwood que vivia para todos o papel de ser um homem preocupado com os interesses da nação quando, na verdade, estava levando uma trajetória sangrenta e mentirosa para se tornar presidente dos Estados Unidos — e só nós, sua esposa e seu assessor sabíamos disso.

    NOIVO NEURÓTICO, NOIVA NERVOSA

    Alvy Singer (Woody Allen), um humorista judeu e divorciado que faz análise há quinze anos, acaba se apaixonando por Annie Hall (Diane Keaton), uma cantora em início de carreira com uma cabeça um pouco complicada. Em um curto espaço de tempo eles estão morando juntos, mas depois de um certo período crises conjugais começam a se fazer sentir entre os dois.

    O ato de quebrar a quarta parede voltou a se popularizar na indústria cinematográfica depois de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, onde a metalinguagem e as metáforas literais eram usadas com bastante frequência para explicar como era a personalidade de Alvy Singer. No filme, ele chegava a conclusões em sua cabeça que eram partilhadas apenas com o espectador, quase sempre julgando pessoas ao seu redor.

    VIOLÊNCIA GRATUITA

    Uma família em férias recebe a inesperada visita de dois jovens profundamente perturbados em sua casa de campo, aparentemente calma e tranquila. A partir de então suas férias de sonhos se transformam em pesadelo. Remake norte-americano dirigido por Michael Haneke, que também esteve a frente do próprio filme original.

    Um dos melhores exemplos de como é possível trazer inovações à ferramenta da quebra da quarta parede é Violência Gratuita. Isso porque ao longo do filme, os antagonistas provocam os espectadores o tempo todo a participarem de seu jogo sádico, e chegam a ir além, rebobinando o filme e mudando o resultado de algumas ações.

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