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    Morre Norman Jewison, diretor 7 vezes indicado ao Oscar, aos 97 anos
    Diego Souza Carlos
    Apaixonado por cultura pop, latinidades e karê, Diego ama as surpresas de Jordan Peele, Guillermo del Toro e Anna Muylaert. Entusiasta do MCU, se aventura em estudar e falar sobre cinema, TV e games.

    Responsável por No Calor da Noite e Feitiço da Lua, cineasta teve extensa colaboração com a indústria cinematográfica.

    Conhecido por sua vasta contribuição à indústria cinematográfica, o diretor Norman Jewison morreu no último sábado (20), aos 97 anos, em sua casa. A confirmação aconteceu na tarde desta segunda-feira.

    Indicado sete vezes ao Oscar, o realizador era conhecido por sua versatilidade atrás das câmeras vista em projetos distintos, como na condução do drama racial No Calor da Noite, no thriller Crown, o Magnífico, no musical Um Violinista no Telhado e na comédia romântica Feitiço da Lua. Por sua contribuição, recebeu o prêmio Irving G. Thalberg Memorial da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em 1999.

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    Durante sua trajetória, não apenas fez parte importante de honrarias, como era conhecido por obter ótimas atuações de seus distintos elencos. 12 de seus atores foram indicados ao Oscar, com cinco longas na disputa de Melhor Filme. Entre tantos gêneros, flertava com diferentes aspectos da injustiça social.

    Nascido em julho de 1926, em Toronto, Canadá, o cineasta começou a trabalhar ainda jovem com especiais musicais de TV. Presenciou um episódio de racismo e segregação que ficou em sua mente. Anos depois, veio a dirigir alguns dramas envolvendo a temática como A História de um Soldado e Hurricane - O Furacão.

    Chris Young/The New York Times

    Durante os seus primeiros anos trabalhando com audiovisual, Norman escreveu, dirigiu e produziu diversos programas televisivos. Entre seus primeiros trabalhos como diretor fora das telinhas estão 20 Quilos de Confusão, Tempero do Amor e Não me Mandem Flores. O realizador ainda é conhecido por projetos como Jesus Cristo Superstar, Justiça Para Todos e A Mesa do Diabo. Norman parou de trabalhar há cerca de 20 anos, em 2003, com A Confissão.

    Abaixo, confira um trecho do discurso do diretor ao receber o prêmio Thalberg da Academia, no qual deixa um recado para as próximas gerações de cineastas:

    “Meu único arrependimento por ganhar este prêmio é que, você sabe, não é como o Nobel ou o Pulitzer. Quero dizer, o prêmio Thalberg não vem com dinheiro anexado. Se assim fosse, eu partilharia isso com o Canadian Film Centre e a AFI, onde a próxima geração de cineastas se prepara para entreter o mundo no novo milénio", disse ele.

    “E meu pensamento de despedida para todos esses jovens cineastas é este: basta encontrar algumas boas histórias. Não importa o valor bruto, os 10 primeiros, os 10 últimos, qual é a classificação, qual é o grupo demográfico. Você sabe algo? O filme de maior bilheteria não é necessariamente o melhor filme.”

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