Era para existir um filme da Viúva Negra há 19 anos – mas um fracasso de ficção científica rapidamente pôs fim aos planos - Notícias de cinema

Marvel tinha outros planos para a heroína antes de Scarlett Johansson ser escalada para o papel.

Em 2021, Natasha Romanoff finalmente ganhou seu aguardado filme solo. Mais conhecida como Viúva Negra, a personagem interpretada por Scarlett Johansson foi introduzida em Homem de Ferro 2, em 2010, e foi a única parte dos Vingadores a não ganhar um longa só seu em mais de dez anos, apesar de ser parte essencial de toda a Saga do Infinito.

Apesar dessa mágoa do público pela falta desta história de origem, as considerações sobre este projeto são muito antigas: a Marvel e a Lionsgate já pensaram nisso muito antes da criação do MCU, lá em 2004. A história apresentaria a ex-agente da KGB que indiretamente se torna membro dos Vingadores.

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Na época, a estrela de Lucy e Sob a Pele não era a atriz principal, mas sim a estrela de Mad Max, Charlize Theron. Mas essa decisão do elenco, entre outras coisas, fez com que o projeto fracassasse logo no início.

Antes da produção do longa começar, Theron tinha interpretado a protagonista do filme de ficção científica Æon Flux, que sofreu um terrível fracasso de bilheteria. A adaptação da série animada de mesmo nome conseguiu arrecadar apenas US$ 52,3 milhões de bilheteria – com orçamento estimado entre US$ 55 e 62 milhões.

É claro que o fracasso do sci-fi não foi apenas o responsável, mas havia insegurança em trazer Viúva Negra para as telas e a personagem não levar milhões de espectadores aos cinemas. Os moldes do MCU e o talento de Johansson foram responsáveis por aumentar a popularidade da heroína.

O livro “MCU: Reign Of Marvel Studios” dos autores Joanna Robinson, Dave Gonzales e Gavin Edwards destaca a forma como o projeto foi descartado.

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“Enquanto eu estava fazendo o rascunho final, havia um monte de filmes femininos do gênero lançados ”, lembra o roteirista David Hayter. “Tínhamos Tomb Raider e Kill Bill que funcionaram melhor, mas depois vieram BloodRayne, Ultravioleta e Æon Flux. Este último não foi bem e, três dias após seu lançamento, o estúdio disse: 'Achamos que não é hora de fazer este filme'".

“Aceitei as preocupações deles sobre a saturação do mercado, mas foi bastante doloroso”, diz o autor. “Não só investi muito tempo no filme, mas também batizei minha filha, que nasceu nessa época, de Natasha”, completou Hayter.

Dificilmente o público verá a versão do roteirista para a personagem. Apesar de não ter a trajetória ideal no MCU, Scarlett Johansson fez um ótimo trabalho ao introduzir a heroína em novas camadas da cultura pop.