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    O final deste filme continua a nos assombrar mesmo 28 anos depois: Um thriller violento cujo legado ainda está vivo
    Rafael Felizardo
    Rafael Felizardo
    -Redator | Crítico
    Sonhador desde pequeno e apaixonado por cinema de A a Z, encontrou em David Lynch um modo de sonhar acordado.

    Uma obra-prima da década de 1990 que marcou toda uma geração.

    “Esta é a história de um homem que cai do 50º andar de um prédio. Durante a queda, o rapaz continuamente repete para si: 'Até agora, tudo está bem; até agora tudo está bem; até agora tudo está bem'. O importante não é a queda, mas sim o pouso.”

    O trecho acima é como começa o brilhante filme francês, O Ódio. Embora 28 anos já tenham se passado desde seu lançamento, a epopeia assinada por Mathieu Kassovitz e estrelada por um jovem Vincent Cassel foi responsável por marcar uma geração. Com um legado de grande importância, não à toa, ela continua a ser debatida mesmo em 2023, levando a nós, do AdoroCinema, falarmos sobre o longa hoje.

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    QUAL É A HISTÓRIA DE O ÓDIO?

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    Para contextualizarmos, vale colocar que Kassovitz começou a escrever La Haine (no original) em um período muito específico: abril de 1993. Nele, na França, Makomé M'Bowolé, um garoto zairense de 17 anos, foi assassinado sob a mira de uma arma em uma delegacia de polícia, algemado e sob custódia. O policial responsável pelo ato até tentou se justificar ao alegar que o disparo foi acidental, mas a população não comprou a desculpa, indo às ruas para protestar contra a constante violência das forças armadas governamentais.

    Com isso em mente, rumamos para a trama de O Ódio. Nela, Abdel Ichah, um jovem de 16 anos, está entre a vida e a morte. O adolescente foi violentamente espancado por um inspetor da polícia durante um interrogatório, levando a uma série de protestos da população. A partir daí, três amigos próximos do jovem agredido tomam caminhos diferentes, buscando, às suas maneiras, lidarem com a agressão ao adolescente.

    Vencedor do prêmio de Melhor Diretor no Festival de Cannes de 1995, Kassovitz conseguiu cativar público e crítica com aquele que foi seu segundo filme como cineasta. O Ódio estreou com os dois pés na porta no prestigiado festival francês, onde recebeu uma enorme ovação - e posteriormente fez sucesso nos cinemas, liderando as vendas nas bilheterias da França por diversas semanas.

    Até hoje, o filme pulula no imaginário dos cinéfilos muito devido ao seu forte final, que ousa deixar uma questão importante enquanto completa o trecho deixado no início deste texto:

    “Esta é a história de uma sociedade em queda livre. Em sua trajetória ao afundar, continua a afirmar para si mesma: até agora tudo está bem; até agora tudo está bem; até agora tudo está bem. O importante não é a queda, mas sim o pouso.”

    O Ódio
    O Ódio
    Data de lançamento 1 de dezembro de 1995 | 1h 35min
    Criador(es): Mathieu Kassovitz
    Com Vincent Cassel, Hubert Koundé, Saïd Taghmaoui
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    3,2
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