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    2001 - Uma Odisséia no Espaço
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    4,4
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    83 Críticas do usuário

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    Homero B. S. Filho
    Homero B. S. Filho

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    5,0
    Enviada em 28 de março de 2012
    É fundamental que a ficção científica cinematográfica consiga envolver o expectador, usando mais ou menos recursos artísticos. Esse conceito é um bárbaro ponto de partida para se criar uma dramatização eficáz na tela, com suspense, terror e até mesmo comédia. Desde que boas idéias começaram a ser usadas quase 4 décadas atrás, ficou raro encontrar ficção científica que se misture com existensialismo. Junto com o seleto grupinho de filmes sci-fi revolucionários das décadas de 60 e 70, o mais controverso, sem dúvida, é o sinistro “2001 - Uma Odisséia no Espaço”, do mestre Stanley Kubrick. Controverso não só pelo tema, 2001 é canonizado como o melhor filme de ficção científica de todos os tempos por uma significativa maioria entre críticos e fãs, mas é repulsivamente odiado no mundo todo.

    Vamos analisar o porquê dessa contradição tão curiosa. O longa de Kubrick não consegue ter um tema muito mais invejável do que Star Wars por exemplo, onde Luke Skywalker é um fazendeiro que possui uma força que funciona como um dom meta-psíquico. George Lucas extraiu leite de pedra e garantiu que o nome Star Wars nunca mais seja esquecido. Porém, se comparado com outros filmes do gênero, '2001' ganha não só por excelência, mas por ser extremamente complexo. Poucos cineastas conseguiriam carregar as subtramas filosóficas através dos 140 minutos como Kubrick fez, mérito para o mestre e para Arthur C. Clark, mente de ouro voltada para a astronomia, autor de várias novellas do gênero e co-roteirista de 2001.

    Outra verdade absolutamente incontestável: 2001 é BASTANTE melancólico. Mesmo que essa característica não agrade todo mundo, ela é peça fundamental para o êxito da trama na tela e para a interpretação dos personagens em muitos filmes. É uma característica delicada a ser trabalhada em qualquer obra de arte. Em mãos erradas, um roteiro bom pode se transformar na maior cagada cinematográfica da história, e a essência da obra de Kubrick está quase inteira calcada nestes aspectos. Passando por câmeras estacionárias e tomadas longas e enigmáticas, a melancolia e o aspecto sombrio estão em cada fotograma, e é simplesmente impressionate observar como Kubrick doma com cautela e precisão as cenas alegóricas. Sabiamente, não tenta fazer um filme apenas de segredos ocultos, nem extrair ação do roteiro; o uso dela se limita a cortes e tomadas fechadas, a grande maioria sem o menor uso de trilha sonora. E por falar em trilha sonora, Kubrick consegue causar inveja em blockbusters como Alien, encaixando sinfonias clássicas no lugar das fanfarras de Alex North. Um momento específico (e famoso) está lá pelos 20 minutos, quando naves espaciais giram em suas órbitas remotas ao som da valsa Blue Danube - mais do que um jus - escrita por Johann Strauss. Fora outros exemplos, Kubrick ainda usa os coros arrepiantes de György Ligeti para ilustrar todo o suspense que uma revelação sem precedentes merece.

    Dentre o inexpressivo elenco, Gary Lockwood e Keir Dullea interpretam com graça e majestia os papéis de Frank Poole e David Bowman respectivamente, dois astronautas confinados numa espaçonave rumo a Júpiter com o computador HAL 9000 como única compania. Quase que a viagem primordial que ninguém quer fazer, mas que todo mundo faz.

    Na parte técnica, vale ressaltar que os efeitos não foram só inovadores, como também revolucionários, o que levou Kubrick a trabalhar meticulosamente por dois anos com o virtuose dos efeitos fotográficos Douglas Trumbull para atingir o nirvana de um universo quase totalmente desconhecido e nunca antes visto no cinema; mais outro ponto que garante a importância histórica do filme. O então novato editor Ray Lovejoy, falecido em 2002, adquire destreza com as tomadas espaciais. E a direção de arte do filme consegue espantosamente se aproximar do visual futurista da década presente, garantindo uma total imerção no universo espacial por parte do espectador. E eu não poderia deixar de destacar a fotografia igualmente caprichada de Geoffrey Bullsworth. O cinematógrafo inglês e Kubrick conquistam a tão desejada utopia angular que os diretores sempre buscaram ao fotografar filmes. Arrisco-me a dizer que nenhum diretor entende melhor de ângulos do que Stanley Kubrick. Tomadas misteriosas, geométricas, que vão gradualmente revelando o ambiente, atraem a total atenção do espectador quando estão em cena. Kubrick usa artifícios que repelem muitas pessoas por serem altamente reservados aos mais cautelosos e interessados, mas que certamente causam noites de insônia com seu significado simbólico e sugestivo devidamente interpretado; arte cinematográfica em seu mais glorioso esplendor.
    Leonardo Reis
    Leonardo Reis

    2 seguidores 10 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    O filme é considerado pela grande maioria dos cinéfilos como o melhor filme de ficção científica de todos os tempos. Quando eu o vi pela primeira vez, quando era criança, naturalmente me decepcionei com o ritmo do filme. Mas tempos depois eu prestei mais atenção, preparei a paciência e comecei a perceber as qualidades. Os efeitos visuais ainda são muito bons, ainda mais considerando a época e a revolução que causou no cinema. Mas a história poderia ser melhor contada, pois parece que a intenção principal foi mesmo exibir belas imagens e mostrar os efeitos especiais (algo que os críticos odeiam hoje em dia). Falando na história, sinceramente eu não entendi muita coisa... Mas não é por isso que vou dizer que apenas as pessoas mais inteligentes são capazes de entender, ou que os realizadores são gênios incontestáveis... O final é enigmático com certeza, e muito interessante, mas chega a ser frustrante ficar sem entender o porquê de tudo. O melhor mesmo são os aspectos técnicos e científicos. Talvez seja o único filme espacial que já assisti que respeita todas as leis da Física, incluindo o silêncio absoluto no vácuo. A fotografia é ótima, a direção de arte é muito boa (apesar de estar envelhecida em alguns detalhes) e as atuações são medianas. Gostaria de poder entender melhor a história, saber se existe uma conclusão definitiva. Algumas pessoas dizem que a Terra é destruída no final por uma guerra nuclear, mas neste primeiro filme não há nada disso. Pelo menos não percebi esta parte. Mesmo assistindo ao filme "2010" as perguntas ainda não fora respondidas. Se alguém souber explicar toda a trama do filme, vamos trocar idéias. De qualquer jeito, é um filme muito interessante. Para quem gosta de cinema, vale a pena.
    Fernando
    Fernando

    22 seguidores 86 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    Dizer que este é o maior emelhor filme de ficção científica de todos os tempos é até redundante. No entanto,que a verdade seja dita, ele é. "2001..." conquista o espectador por suaestética e pela narrativa em si.Os quase 30 minutos iniciais não têm nenhum diálogo,mesmo assim, você fica preso na cadeira ao acompanhar à história com aquelasmaravilhosas imagens sem contar com a trilha sonora clássica!. Atente-se também aosefeitos especiais do filme, não se esqueça que a película é de 1968, que você veráde onde surgiu tanta inspiração para filmes como "Stars Wars", entre outros. Ogrande "vilão" do filme também está acima do bem e do mal. Preste atenção!.Agora, corra para a locadora e alugue esta raridade do cinema.
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