Da série "Iludido por um trailer". Um filme com tantos bons nomes no elenco, escalando o monte mais alto do mundo... Posso dizer que esperava mais. Se formos falar de bilheteria, ok. Orçamento relativamente baixo, em torno de 60/70 milhões de dólares, com uma receita em torno de 180 milhões de verdinhas americanas. Lucro na certa. Afinal de contas, "Everest" é muito atraente. Trabalho de efeitos visuais muito bem feito. Lindo de se ver. E de cara me chamou a atenção, com seus pôsters, elenco e é claro, o trailer. Ah, o trailer! Como iríamos nos atrair pelos filmes sem ele? Com a capa? Pode ser, mas já ouviu falar que não devemos julgar um livro pela capa? Pode acrescentar isso em um filme também, mas meu amigo, estamos falando do trailer. Trailer do "Everest" pra ser mais preciso. Aliás, admiro muito quem faz parte da edição desses 2 minutos e meio. É muito legal nos fazer de bobo! Brincadeira. Também não é pra tanto. Vamos falar do "Everest" em minha humilde e singela opinião. O filme começa bem. Tem uma ordem cronológica das coisas. "Tchau, amor". Avião. Acampamento. Treinamento... E nesse meio tempo, você vai vendo a descrição dos personagens, onde também já pode começar a tentar adivinhar quem vai fazer alguma merda. Aliás, pra quem não sabe, o longa é baseado em fatos reais. Todo meu respeito as vítimas do acontecido, mas recapitulando a obra, alguma coisa deu errada no roteiro. Quando alguém decide produzir um longa baseado em fatos, as ações têm, digamos, limitações as quais seguir. Não dá pra "viajar" em criar situações que ali não existirá. Até aí, beleza! Nota-se que o diretor Baltasar Kormákur, foi por essa trilha mesmo. E é aí que o longa se perde. O que eles tentaram vender em sua campanha de promoção, não tem nada a ver com o longa-metragem por completo. Escolheram algumas das poucas cenas de "perrengue", jogaram no trailer, junto à efeitos sonoros de tensão (lembram do trailer de Guerra Mundial Z?) e, pronto! (?) Detalhe: depois da primeira hora do filme, tudo é praticamente um perrengue, mas o que quis dizer, foram as cenas das quais onde a vida estava por um fio. Essas cenas que foram poucas. Vale ressaltar as cenas das mortes. Mostradas de uma maneira tão pífia quanto um escorregão. Outro erro. Parece até preguiça da direção em desenvolver algo mais elaborado.