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    A Grande Escolha
    Críticas AdoroCinema
    3,0
    Legal
    A Grande Escolha

    Novo mundo

    por Lucas Salgado

    O futebol americano ainda é um esporte pouco conhecido no Brasil, embora com o passar do tempo é possível perceber uma maior adesão. Canais de esporte já dão mais atenção ao mesmo, inclusive com a transmissão de Super Bowl. Diante disso, é interessante um filme que chega para contar um pouco sobre os bastidores de tal esporte, focando sua atenção no draft. Uma prática esquisita para o país do futebol, mas que é muito comum nos Estados Unidos.

    A Grande Escolha gira em torno do gerente da equipe de futebol americano Cleveland Browns. Ele está a poucas horas do draft, em que os times escolhem atletas que se destacaram na liga universitária, ou seja, não profissional.

    O filme tenta ser para o futebol americano o que O Homem que Mudou o Jogo foi para o baseball. Não tem a força dramática e a qualidade dos diálogos do texto de Aaron Sorkin, nem as atuações de nomes como Brad Pitt, Jonah Hill, Philip Seymour Hoffman e Robin Wright. Ainda assim, consegue entreter e despertar o interesse em tal universo.

    Kevin Costner interpreta o tal gerente, Sonny Weaver Jr., um sujeito desesperado em formar um time campeão e que busca sair da sombra do pai, um ex-técnico recém-falecido. O drama entre pai e filho, que reflete na forma como Sonny recebe a notícia de que vai ser pai, segue uma série de clichês, que obviamente terminam em uma redenção.

    As negociatas, as trocas entre times, a preocupação de técnicos e jogadores. Isso sim desperta interesse e funciona no filme. Outro ponto positivo da obra é ter contado com o apoio da NFL na produção. Não é um filme institucional, mas que talvez não funcionaria com times fictícios.

    Jennifer Garner interpreta Ali, uma advogada responsável pelo gerenciamento das finanças da equipe. Ela é uma mulher naquele meio tão masculino e consegue impor sua força. Trata-se de uma boa atuação da bela atriz. O elenco conta ainda com as presenças de Tom Welling, Terry Crews, Rosanna Arquette, Ellen Burstyn, Frank LangellaDenis Leary.

    Draft Day (no original) conta com uma direção bem interessante de Ivan Reitman, conhecido por comédias como Os Caça-FantasmasUm Tira no Jardim de Infância e, mais recentemente, Sexo Sem Compromisso. Não se trata de uma direção inventiva, mas bem conduzida. A montagem de Dana E. Glauberman e Sheldon Kahn também é boa, principalmente nas cenas de conversas pelo telefone, em que vemos as duas pessoas em cena, mas não necessariamente com a tela dividida. Muitas vezes, elas parecem lado a lado.

    Não se trata de um filme imperdível ou que ficará na sua cabeça por muito tempo. Mas cumpre o que promete.

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    Comentários

    • Luís F B
      Boa amostragem da indústria do football, se não tivesse uma penca de clichês seria um muito bom filme - como tem, ainda assim resultou um filme bem razoável.
    • Vinicius F.
      Não concordo quando diz que ele quer ser para o futebol americano o que Moneyball foi para o baseball, pois são duas situações totalmente diferentes, pois no filme do Brad Pitt ele tenta reinventar o jogo para conseguir bater de frente com times poderosos. E o processo leva desde a contratação de Jonah Hill até o comecoda reformulação e tudo mais e leva uma temporada inteira pra desenvolver a história. Enquanto no filme de Costner ele não quer reformular só quer tomar decisões certas diantes de situacoes que acontecem num dia. Totalmente diferente
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