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    A Caça
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    4,4
    855 notas
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    98 Críticas do usuário

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    Leandro G.
    Leandro G.

    15 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 15 de agosto de 2013
    O novo filme do dinamarquês Thomas Vinterberg é uma genial personificação dos temores de uma sociedade numa época onde a cultura do medo domina todas as convicções, uma indignação coletiva que se torna imensurável quando a figura da pureza e inocência de uma criança pode estar ameaçada ou pode ter sido corrompida e violada por algum adulto, como os fatos podem se transformar em verdades quando o receio é posto como algo real e a fúria transpõe o delírio levando a baixo quaisquer chances de um julgamento justo para àquele que está sendo acusado de algum crime hediondo, como a pedofilia. Este filme nos mostra que a mentira pode ser dita e usada por qualquer um.

    Vivemos hoje reféns de ilusões macabras, com medo de guerras entre nações, ataques de maníacos, crimes bárbaros contra nossos filhos e filhas, apocalipse econômico, assassinatos, assaltos, sequestros e por aí vai. Digo ilusão, porque, por mais que sejamos cuidadosos e nos fechamos a sete chaves numa bolha de receio e medo, comprando descontroladamente tudo aquilo que não precisamos para nos sentir vivos, o mundo não nos esquece, e devaneios e infortúnios estão à espreita assim como tudo àquilo que podem nos fazer felizes e nos dar uma razão maior de vida e existência, o medo não pode ser considerado algo que molde nossas convicções refletindo em nossas vidas, mas sim um sentimento de alerta e nunca de autoridade que também nos priva de nosso bom senso.

    Este filme não tem medo de nos mostrar a verdadeira face da ignorância humana quando ela é colocada à prova, ele não quer nos chocar mostrando um crime hediondo ou condicionar ainda mais nossa convicção sobre a pedofilia, mas tem a pretensão de nos alertar sobre os nossos julgamentos que podem moldar e definir o que é real e ilusão, algo que pode facilmente destruir a vida de um inocente que apenas deseja viver em paz.

    O filme nos alerta sobre o poder da mentira, até onde ela pode ser considerada algo perigoso e hostil para àquele que está sendo o seu alvo, a mentira tem um poder muito grande nesta cultura de medo que estamos inseridos, ainda mais quando ela é dita por uma criança que aparentemente está denunciando um abuso sexual que sofreu. As crianças são a válvula de escape de nossos medos e frustrações, elas são o ponto frágil de nossos temores por causa da sua inocência e pureza, temos um medo terrível de que maníacos que vemos diariamente nos noticiários da TV podem fazer contra suas integridades, por isso sentimos a obrigação incondicional de protege-las e resguarda-las.

    A sociedade da pequena cidade em que o professor de uma creche local Lucas (Mads Mikkelsen) reside, o tem como uma pessoa pacata, amiga, confiável e simplória e confiam plenamente seus filhos à seus cuidados, tudo ia bem até Klara (Annika Wedderkopp) influenciada pelo o meio em que vive, inocentemente, inventa uma mentira de que Lucas a molestou, isto desencadeia a fúria dos moradores da cidade que começam a acusa-lo de pedofilia e querem a todo custo justiça por uma crime que ele não cometeu, então, impotentes, nós vemos a derrocada brutal de um inocente. Isto é transposto como algo bem cru e real, nos faz pensar que qualquer um pode ser alvo fácil da insanidade coletiva desencadeada por uma mentira e que devemos investigar melhor uma acusação tão séria antes de fazermos qualquer tipo de julgamento.

    A maioria dos filmes do pequeno mas significante e influente currículo de Thomas Vinterberg, brincam com o poder da mentira e de dogmas, deste o seu segundo filme e sua grande obra-prima Festa de Família. O dinamarquês quase sempre cria uma atmosfera depressiva nos seus filmes como uma metáfora da verdadeira natureza humana, mas também eles de certa forma são otimistas, porque as ficções que ele cria são poderosos sinais de alerta sociais, e quase sempre seus filmes super realistas possuem personagens com caráter íntegros que infelizmente são vítimas da intolerância e brutalidade desta natureza humana, e é isto que torna suas obras tensas e depressivas, elas conseguem despertar nossos sentimentos de angústias trazidos pela piedade e compaixão por algo que é bom e correto.
    AllBs
    AllBs

    4 seguidores 15 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 18 de agosto de 2013
    Quase brutal, de fato, condenar todos aqueles que agem irracionalmente ao linchar uma pessoa que na verdade é inocente, e saber que, na verdade, em uma situação parecida, talvez agiríamos igual a estes, julgando irrefletidamente, por não termos a capacidade de estar à par de tudo. O filme é feliz nisso, pois quase que como uma obra realista-naturalista, aborda diversos pontos de vista em terceira pessoa e trata o homem como um animal.
    Thomas Vinterberg já abordou pedofilia, injustiça e convivência em Festa em Família, que também é primorosamente dirigido.
    Fico me perguntando como ele dirigiu a garotinha, a Annika Wedderkopp já que é um tema muito forte para ela, e mesmo assim, cada palavra dela soa muito convincente.
    O desenrolar é revoltante e o final também.
    alexandrecunha
    alexandrecunha

    50 seguidores 34 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 21 de maio de 2013
    Filme com enredo muito bom e forte, com excelente desenvolvimento dos atores.
    Excelente abordagem, que foge dos padrões norte-americanos (graças a Deus).
    Final fantástico e surpreendente, apesar de nao dizer ser baseado em fatos reais, a verácidade é mto forte!
    Recomendo!!!
    Rosangela Machado
    Rosangela Machado

    8 seguidores 22 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 2 de abril de 2016
    A Caça é daqueles filmes que a gente se pergunta sobre o ilimitado mistério do ser humano, desafiando a incógnita entre o mal e o bem que permeia todos nós. Uma resposta não desejada levou o protagonista a uma situação de contínua incerteza sobre suas atitudes, por aqueles que o rodeiam. E um comportamento conhecido por todos no cotidiano da vida não é suficiente para resguardar o que uma pessoa pode ser, num momento seguinte. A trama persegue, desde os instintos humanos possíveis até uma construção de paradigmas dentro de uma sociedade, muitas vezes engessado e (equivocadamente) definitivo.
    Lucas S.
    Lucas S.

    1 seguidor 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 15 de maio de 2013
    Apesar das lacunas como a total submissão e aceitação de Lucas frente a situação absurda, humilhante e constrangedora.O filme é magnífico e nos mostra exatamente o lado positivo do ser humano perante aos seus amigos e conhecidos mesmo estando em uma situação delicada.
    Sergio F.
    Sergio F.

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 5 de maio de 2013
    Adorei o filme. Ótimas fotografias, bons atores e um drama muito bem montado. Não desgrudei os olhos da tela.
    Rafael A.
    Rafael A.

    21 seguidores 40 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 4 de maio de 2013
    Filme dinamarquês intitulado de “A Caça”, ou Jagten (título original), é um filme reflexivo e sombrio, um drama que nos coloca frente a frente com nosso maior defeito humano, o julgamento.

    Então você amigo(a) internauta estará pensando: “Imagina! Eu não não sou do tipo que julga os outros”, e eu lhe contrariarei dizendo que todo ser humano é, sim, um julgador por natureza. Seja sincero consigo mesmo, admita que é um julgador(a) por natureza, pois essa é a mais pura verdade sobre nós. Será que você não seria um daqueles que atiraria pedras naquele que dizia ser um “enviado” de Deus? Será que se hoje aparecesse alguém (como já aparece), dizendo que é um enviado de Deus, você não acharia bobagem, tiraria sarro dele, e o condenaria? Então o que nos diferencia daqueles que julgaram Jesus, por exemplo? Outros tempos, outra formas de julgamento, porém, o mesmo propósito, a condenação simples e pura. Então vamos ser claros, somos julgadores, isto está no nosso ser.

    “A Caça” é um filme que abraça exatamente essa natureza humana, ela mergulha da forma mais “covarde” que um ser humano pode chegar a tal julgamento com o ser mais puro que conhecemos…as crianças.

    O filme conta a história de Lucas, ex-professor de adolescentes que acaba indo trabalhar em uma creche. O professor é considerado por todos um bom amigo, bom professor, aquele tipo de pessoa que gostamos de ter ao lado. Porém, apesar de viver essa condição social favorável, ele tenta reconstruir a vida após um divórcio complicado, no qual perdeu a guarda do filho. Convivendo com tudo isso, e buscando essa reaproximação do filho, Lucas acaba se vendo imerso a uma situação nem um pouco confortável, pois a pequena Klara, filha de seu melhor amigo e com apenas cinco anos, fica perturbada quando o irmão mostra uma foto “sexual” e ela acabando dizendo que a diretora que Lucas mostrou sua genital à ela. Começa aí um inferno sem tamanho para o ex-professor.

    Um adulto, sem histórico criminal, amigo de todos, pode ser na verdade um tarado sexual que abusa de crianças inocentes? Pode! E é exatamente isso que todos passam a acreditar. Amigos, colegas de trabalho, e até as próprias crianças começam a desenhar em Lucas a imagem de um monstro.

    É filme é muito bem escrito, é tenso do começo ao fim. Ele oscila entre momentos de tranquilidade e uma tensão muito próxima do pânico entre os personagens, e isso é sem dúvida uma de suas qualidades. Outro bom ponto em temos na história é justamente este conflito entre a inocência infantil e a infantilidade adulta, digo isso, porque temos momentos claros do filme em que a pequena Klara afirma que falou besteiras e que Lucas não fez nada, mas as pessoas acreditam plenamente que ela está confusa e perturbada, e não a escutam, ou seja, é um fato curioso, escutar apenas quando o tema da conversa é “perigoso”, “feio” e não escutar quando é “verdadeiro” ou “autêntico”. Este é um ponto, aliás, que o filme trata de uma forma bem sutil, pois no começo vemos que os pais de Klara literamente a perdem! Ou seja, não sabem onde ela está, para onde foi, e Lucas a encontra e a leva de volta para casa: este fato não acontece uma vez, mas várias, fica aí uma relação clara entre o bem e o mal, pois a menina quando era inocente, e não tinha sofrido nenhum tipo de trauma era uma menina “perdível”, e agora, maltratada, abusada, ela vira o centro das atenções, uma “coitada”! Uma crítica direta aos próprios pais, avós, parentes, etc…que acabam favorecendo muito mais, atitudes negativas e coisas erradas que as certas, “cuidado para não cair” ao invés de “se cair não tenha medo”….”Não corra!” ao invés de “Você é muito rápido!”…etc…

    Além deste lado filosófico que o filme nos propõe a pensar, ele também mostra ter uma direção bem segura, e isso deve ser credenciado ao diretor Thomas Vinterberg, que também ajudou a escrever o filme. Ele consegue nos guiar pelo filme de uma forma que nos mostra vários pontos de vista e isso nos dá uma noção muito clara do tamanho da situação, e até mesmo a gravidade que ela toma. A direção de arte e a fotografia são outros ótimos pontos do filme, isto porque existem algumas sequências que são muito bem feitas, saindo de tomadas externos para internas, e a qualidade se mantém da mesma maneira. Um exemplo disso é justamente quando Lucas entrega Klara aos pais depois que a pequena se perdeu, ela entra dentro de casa e brinca com o cachorro com a luz da porta ao fundo, isso deixa amostra apenas sua pequena silhueta.

    No elenco temos Mads Mikkelsen, conhecido do grande público por ter sido o vilão de 007 Casino Royale, além dele Thomas Bo Larsen, Annika Wedderkopp, Lasse Fogelstrøm, Susse Wold e Anne Louise Hassing, todos dinamarqueses. Mads por sinal, levou o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes 2012, e sem dúvida foi um prêmio muito merecido. Assim como falei de Marion Cotillard em crítica de Ferrugem e Osso, acredito que estes atores se sentem mais à vontade em seus países, pelo menos nestes dois filmes, vi atuações brilhantes de atores que tinham papéis coadjuvantes nos EUA.

    O cinema dinamarquês nunca foi tão vangloriado como o italiano, por exemplo, porém já produziu filmes de altíssima qualidade, como A Palavra (1995), Festa de Família (1998) e Dogville (2003), porém acredito que “A Caça” chegou para elevar o nome do país, e quem sabe conseguir mostrar mais da cultura deste país que é tão rico.
    Carlos B.
    Carlos B.

    8 seguidores 7 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 29 de abril de 2013
    O melhor filme de Thomas Vinterberg desde "Festa de Família" é um drama psicológico perturbador, baseado na performance magistral de Mads Mikkelsen.
    Quem gosta de filmes com temas fortes que te fazem refletir esse eu assino embaixo.
    João Batista F.
    João Batista F.

    2 seguidores 9 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 15 de abril de 2013
    Estupendo. Um DRAMA que te prende a atenção do começo ao fim. Uma história triste! Uma trama fantástica, um desfecho digno!
    Chorei, fiquei indignado, e no fim, VALEU A PENA ter assistido.
    Susana S.
    Susana S.

    6 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 7 de abril de 2013
    O filme mostra como se pode destruir a vida de uma pessoa por não se analisar adequadamente determinadas "falas" infantis, ao se acreditar que criança nunca mente ou inventa..nesse filme, pior que a criança, é a diretora que tem a mente mais deturpada e sem avaliar nada cria uma situação improvável e destrói a vida desse professor. Ainda bem que ele está tranquilo com suas açoes e luta!
    Muito bom!
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