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    Uma Promessa
    Críticas AdoroCinema
    1,5
    Ruim
    Uma Promessa

    Novela de época

    por Lucas Salgado

    Após filmes como Confidências Muito Íntimas e Meu Melhor Amigo, o diretor francês Patrice Leconte faz sua estreia em um filme falado em inglês com Uma Promessa. Com os longas citados, o cineasta nunca foi considerado do primeiro time do cinema francês. E não vai ser este novo trabalho que vai colocá-lo lá.

    A Promise (no original) gira em torno de Ludwig (Richard Madden, de Game of Thrones), um jovem ambicioso que começa a trabalhar em uma usina siderúrgica. Dedicado, ele logo chama a atenção do patrão Karl Hoffmeister (Alan Rickman), que o promove a seu secretário particular. Ludwig, com o tempo, vai participando mais ativamente da vida do chefe, que sofre com problemas de saúde. O jovem começa a dar aulas para o filho de Karl e começa a passar cada vez mais tempo na casa deste.

    O tempo passa e ele se vê apaixonado pela esposa de Karl (Rebecca Hall), mas não diz nada. Quando ele descobre que será mandado para o México, resolve se confessar e descobre que ela também gostava dele. Os dois prometem se reencontrar um dia. Mas uma Guerra Mundial vai fazer com que este dia pareça nunca chegar.

    A trama clichê e superficial poderiam até ser um pouco ignorada se o filme fosse melhor executado, mas tudo é tão artificial que o espectador se verá diante de uma novela arrastada e desinteressante, e com uma profundidade dramática que remete às novelas mexicanas exibidas no SBT.

    Baseado em obra do cultuado Stefan Zweig, o longa tem problemas sérios de montagem, fotografia e trilha sonora. As atuações, por mais que o elenco conte com bons nomes, também não deixam um bom gosto na boca. É tudo muito exagerado e fora do tom.

    Uma Promessa possui problemas sérios de ritmo. Temos dois terços do filme focados em um período relativamente curto, com o protagonista se aproximando do patrão e de sua família. Aí ele vai pro México e nos deparamos com um último terço que abrange décadas de história. A passagem do tempo é problemática e quando chegamos na parte final, tudo o que o espectador quer é que o filme termine.

    Filme assistido durante a cobertura do Festival do Rio, em outubro de 2014.

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