Wall-E vai muito mais além da história de um robozinho solitário, feio, pobre, maltrapilho, operário, que se apaixona pela linda e exótica robozinha Eva, por quem tenta chamar a atenção e conquistá-la gradativamente com sua dedicação e cuidados, comprovando que "quem ama cuida".
O olhar expressivo e as emoções passadas por um robozinho de metal com espírito de uma criança alegre, ingênua e curiosa, conquista de imediato qualquer espectador, seja adulto ou infantil.
Além do simples entretenimento, o desenho é uma crítica à sociedade de consumo e ao capitalismo selvagem, que vem esgotando os recursos naturais do nosso planeta e nos convida para uma reflexão sobre a nossa existência e sobrevivência.
A sociedade, inteligentemente representada por personagens da classe média, sedentária, obesa, bitolada, que não consegue enxergar além de um palmo do seu nariz, diante de seus olhos (com monitores de TVs), são há todo instante, manipulados, idiotizados e conduzidos pela mídia: O que pensar, o que comer, o que vestir, onde ir, qual a cor da moda, o que é bom, o que é ruim, conceitos e valores, conduzindo-os pela automação e pelo sistema, que vai punir quem ousar subvertê-lo.
A produção e a qualidade técnica são impecáveis, vale à pena conferir!