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    Death Note ganha novas imagens e diretor diz que Ryuk é o único personagem que não mudou na adaptação

    Adam Wingard falou sobre os desafios de mudar o contexto do popular anime do Japão para os Estados Unidos em entrevista.

    Após a superprodução hollywoodiana A Vigilante do Amanhã: Ghost In The Shell tentar adaptar o anime O Fantasma do Futuro com atores ocidentais e falhar miseravelmente, outra versão live-action de um sucesso japonês será lançada em breve, envolta em muitas expectativas.

    Trata-se do filme Death Note, que adapta o anime homônimo de Tetsurō Araki, que por sua vez é baseado no mangá escrito por Tsugumi Ohba e ilustrado por Takeshi Obata. O diretor Adam Wingard, responsável pelo terror Você é o Próximo e pelo remake Bruxa de Blair, concedeu uma entrevista para o site IGN onde falou sobre os desafios de trazer a ambientação do popular anime japonês para os Estados Unidos.

    "Nos primeiros estágios da produção do filme eu estava lendo o mangá buscando entender como tudo aquilo vai se traduzir nos Estados Unidos. Fundamentalmente, Death Note é uma coisa muito japonesa", comentou o cineasta, que afirmou que buscou mapear os temas principais da série e relacioná-los com a realidade americana contemporânea. "O que atrai as pessoas nas teorias de conspiração? Que tipo de programas secretos estranhos o governo têm? Como essas coisas funcionam no mundo de Death Note?"

    O anime original acompanha a rotina do aplicado estudante Light Yagami, que encontra um misterioso caderno sobrenatural que chega à Terra evadido do mundo dos shinigamis, os deuses da morte. Com o artefato em mãos, o rapaz descobre que se ele escrever o nome de uma pessoa naquelas páginas enquanto mentaliza o rosto dela, a pessoa morrerá. Ele também passa a contar com a companhia enigmática do shinigami Riuk, proprietário original do Death Note. Diante disso, Light, movido por um senso de justiça radical, decide punir todos os criminosos e todos aqueles que se metem em seu caminho para se tornar uma espécie de deus de um novo mundo utópico, livre do mal. Após uma esclada de mortes, um hábil e recluso detetive particular chamado "L" passa a investigar os crimes, atribuídos pela imprensa a um assassino em série chamado Kira.

    Nat Wolff interpreta Light Turner (personagem que na adaptação perdeu o sobrenome nipônico Yagami) enquanto Lakeith Stanfield vive o investigador L na versão com atores de Death Note. Willem Dafoe dá voz ao deus da morte Ryuk.

    "Em seu núcleo, o filme pega os personagens e explora seus temas em um novo contexto. No final das contas, as personalidades deles são um pouco diferentes. L não é o mesmo [do anime]. Há muitas similaridades — ele gosta de doces, as vezes sai por aí descalço, esse tipo de coisa —, mas a evolução do L [do filme] é muito diferente", contou Wingard, que ainda afirmou que quase todos os personagens terão um desenvolvimento diferente no filme em relação ao anime. "Provavelmente o único personagem que aparece da mesma maneira que ele é no anime é o Ryuk."

    Adaptar uma série com 37 episódios de pouco mais de 20 minutos em um filme de duas horas definitivamente envolve deixar muita coisa de fora do longa-metrage e Wingard alega que quanto mais tentou se manter "100% fiel ao material original, mais tudo começou a desmoronar", o que justifica as alterações, na opinião do cineasta.

    "Para mim, a questão é o que esses temas significam nos Estados Unidos de hoje em dia e como isso afeta como nós contamos a história. Por fim, resta a perseguição de gato e rato entre Light e L, e os temas de bem, mal e o que está na área cinzenta. Essas são as principais coisas de Death Note e é isso que nós buscamos."

    Death Note estreia na Netflix no dia 25 de agosto.

     

    Ryuk, o shinigami (ou Deus da morte) dublado por Willem Dafoe que acompanha Light.

    Nat Wolff interpreta Light em Death Note.

    Keith Stanfield interpreta o misterioso investigador L.

    Light (Nat Wolff) e Mia (Margaret Qualley).

    Paul Nakauchi como Watari.

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