A série é muito boa, realmente cumpre o que promete, prendendo a atenção do espectador e nos fazendo refletir o tempo todo. Em grande parte, o efeito conseguido é porque são 3 histórias diferentes, que se intercruzam pela via da protagonista (Kat): 1. A história da morte de seu pai, o policial Donavan, que acaba sendo a história da desconstrução de um mito.
Cai por terra a imagem do profissional/policial exemplar, bem como a do marido fiel/leal.
Fica em pé apenas a imagem do pai amoroso e extremamente preocupado com sua filha. 2. A história das pessoas que são raptadas por uma quadrilha, mediante sedução via um site de namoros, para que transfiram todo o seu dinheiro para uma conta que o chefe da quadrilha, dono de um canil de luxo, mantém na Suíça.
Após realizarem as transferências, os "alvos" (como são denominados no cativeiro) são incinerados, para que não haja rastros.
Esta foi a história mais mal trabalhada de todas
, que termina em um final que parece improvisado ou abortado, já que ficamos sem saber qual o envolvimento do tio de Brandon (que foi o rapaz que procurou a policial Kat, para narrar o desaparecimento de sua mãe) tem em relação a esta quadrilha, já que visivelmente mentiu para a polícia todo o tempo e alegou não apenas manter contato com a irmã (mãe de Brandon) como também estar ciente que ela foi pedida em casamento e pretendia construir uma casa no exterior!
3. A terceira história diz respeito ao romance entre Kat e Josh, seu ex-noivo, desaparecido na véspera do casamento, 11 anos antes. S fôssemos ser rigorosos, NADA faz sentido!
Não é explicado quem foi a mãe da filha de Josh, qual o papel que esta mulher teria na história e nem o grau de envolvimento de Acqua, a amiga transexual de Kat, que parece estar envolvida até o pescoço nas três histórias, ou seja, nos três núcleos temáticos.
Em minha opinião todas estas pontas soltas (Acqua, tio de Brandon e Josh) são gatilhos para detonar a próxima temporada da série.