É complicado, porque novela é novela. Tem alguns pontos da narrativa que sempre tem nas novelas. O final em que os vilões morrem ou são presos, em que os mocinhos se casam ou engravidam. É algo repetitivo, mas se toda a narrativa for 80% bem desenvolvida, o final, mesmo clichê, será até recompensador. A falha de Quanto Mais Vida, Melhor é justamente essa. Sem termos conhecimento do final, seguimos essa narrativa que é mais do mesmo, a comédia que ás vezes acerta, ás vezes erra. Os dilemas dos personagens, as narrativas dos personagens principais e dos coadjuvantes são repletos de falhas. Essa história clássica de Fan Service se repete aqui. Tem cabimento, mesmo que a narrativa costure uma explicação aceitável para isso, a Paula ser mãe da Flávia? A novela tem uma ótima premissa, mas as próprias aparições da Morte, são muito questionáveis. Narrativamente já são aparições ruins, agora visualmente beira ao ridículo. A adolescência, a morte e a rivalidade nos negócios, são ideias bem abordadas pelos roteiristas. Se a novela não matar nenhum de seus protagonistas, ficará parecendo não só que não querem matar os protagonistas, como também estão ignorando a ideia inicial e quanto mais próxima a narrativa chega do final, mas o roteiro perde a coragem de matar os personagens principais e deixá - los na trama. Cenas de pobre desenvolvimento, mas ao mesmo tempo uma novela que acerta em muitas das suas ideias, que tem uma narrativa segura, mas que não é tão reconhecida pelos próprios roteiristas.