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Kamila A.
7.913 seguidores
816 críticas
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3,5
Enviada em 11 de novembro de 2021
A primeira temporada de "Criada", série desenvolvida por Molly Smith Metzler (tendo como base o livro escrito por Stephanie Land), nos deixa com alguns ensinamentos. O principal deles é sobre o quanto é difícil quebrar o ciclo de um relacionamento abusivo, principalmente se você não tiver a independência financeira e a rede de apoio para isso.
Ao longo dos dez episódios da primeira temporada da série, acompanharemos a jornada de Alex (Margaret Qualley), que sai de casa com a filha Maddy (Angelina Pepper), de quase 3 anos, e tenta sobreviver, com o auxílio dos programas sociais do governo e dos abrigos para vítimas de violência doméstica.
Após arrumar um emprego como faxineira, espera-se que as coisas entrem nos seus eixos, porém, não é isso que ocorre para Alex, que continua a enfrentar obstáculos como a pobreza, a ausência de moradia e a falta de assistência para compreender e brigar pelos seus direitos como uma vítima de relacionamento abusivo.
O que mais me atraiu em "Criada", embora a série tenha um desenvolvimento narrativo um tanto inconstante, foi a forma como a transformação pessoal de Alex nos é passada. Da nossa posição de observadores da sua história, chama a atenção como ela sai de uma posição não-reativa para o que está à sua volta, e passa a ser uma verdadeira leoa em busca dos seus sonhos e daquilo que deseja.
Como mãe de uma menina quase da idade de Maddy, me identifiquei com o ponto de virada na jornada de Alex. Se ela consegue retomar as rédeas de sua vida é porque ela tem um motivo enorme para lutar por um futuro melhor: Maddy! ❤️
Intensa, verdadeira, surpreendente. O que podemos dizer dessa minissérie é que existem altos e baixos, revira-voltas lamentáveis, mas que podemos contorna-las. Não significa que não iremos ter mais dificuldades, sim que vamos enfrentar e vencer. Quem dera todas as mulheres que sofrem violência pudessem experimentar isso. Recomendo.
Uma série necessária e desconfortável o suficiente para fazer o expectador sair da própria bolha e lançar um olhar de empatia às mulheres vítimas de abusos psicológicos. O roteiro não deixa a desejar, os diálogos são uma verdadeira aula para mulheres que queiram aprender lições essenciais de sobrevivência e força. spoiler: A protagonista reflete a realidade de quem vive violência doméstica, indo literalmente ao fundo do poço - dentro da própria imaginação - em algumas cenas que esteve sob controle do ex parceiro , ainda assim, as lindas paisagens bucólicas durante o inverno dão ênfase aos sentimentos de Alex. que vê o belo, o amor pela filha, mas continua sofrendo. O desfecho pareceu um tanto fantasioso, levando em conta a realidade e o tempo que existe para se desvincular realmente de relações autoritárias. Mas tudo indica que uma segunda temporada irá preencher essa lacuna.
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