A série apresente uma premissa narrativa interessante, com um mundo pós-apocalíptico devastado por um vírus mortal e o surgimento de crianças híbridas, metade humanas e metade animais. No entanto, o desenvolvimento parece arrastado, com arcos que se prolongam além do necessário e acabam tornando a experiência repetitiva. Embora a busca do protagonista por respostas sobre seu passado e sua mãe traga momentos de emoção, a história, em muitos pontos, carece de dinamismo e profundidade, o que prejudica o envolvimento com os acontecimentos.
Os efeitos visuais, que deveriam ajudar a criar um universo imersivo, não impressionam e muitas vezes parecem insuficientes para dar vida à fantasia proposta. Apesar de um charme inicial nos híbridos, a execução técnica não é suficientemente convincente, comprometendo a experiência visual. Além disso, a construção do mundo pós-apocalíptico e as dinâmicas dos personagens recaem em clichês previsíveis, o que limita o impacto da narrativa. A relação central entre os protagonistas, embora tenha bons momentos, não alcança a força emocional necessária para compensar os problemas da trama.
Contudo, há momentos genuinamente fofos e emocionantes que conseguem engajar o espectador, especialmente em torno do mistério central e das interações entre os personagens. Esses instantes trazem uma dose de charme à narrativa, embora, talvez para alguns, não sejam suficientes para sustentar o interesse de forma consistente, especialmente considerando que o desfecho não se mostra tão impactante quanto poderia. Em resumo, a produção entrega uma experiência mediana, com alguns pontos positivos, mas que não atinge todo o potencial que sua premissa prometia.