A série Os Donos do Jogo (NetFlix/2025) não é 100% fracasso, não. Ela tem êxito em apenas uma coisa: ratificar a imagem de que o Rio de Janeiro não tem mais jeito. Se a cidade já é esteriotipada, com a série, suas mazelas ganham proporção dantesca, a ponto de sentirmos aversão pela cidade. Se essa era a ideia, os produtores estão de parabéns. Afora isso, todos os lugares comuns da série que, grosso modo, tenta emular uma espécie de máfia brasileira à espanhola, disputam espaço com as péssimas, péssima, péssimas atuações da maioria dos atores (com exceção de Chico Dias e, sobretudo, Juliana Paes que salva a série do fiasco profundo). Os diálogos são pretensiosos, cheios de clichês e exageram na tentativa de parecerem inteligentes. Como entretimento, a série chega a ser engraçada em alguns momentos e, para o espectador acima do médio, isso se torna seu único atrativo, porque faz esquecer de todo o resto que é muito ruim. Pena. Os Donos do Jogo só respaldam ainda mais as produções da Globo como sendo a única representação de um país possível através da arte e, pela produção que não é barata, decepciona por parecer dinheiro jogado fora. HORRÍVEL!