Arnaldo Jabor foi um jornalista e cineasta carioca, nascido em 1940, filho de um oficial da Aeronáutica e uma dona de casa. Formado em Direito, Jabor participou da segunda fase do movimento do Cinema Novo, que, inspirado pelo neorrealismo italiano e a Nouvelle Vague francesa, se contrapôs às produções norte-americanas da época e buscou levar às telas as questões políticas e sociais do Brasil. Na década de 1990, durante o governo Collor, Arnaldo Jabor se dedicou ao jornalismo mais ativamente. Estreou como colunista do jornal O Globo, e posteriormente levou a coluna para a televisão, na Rede Globo, onde construiu credibilidade com aparições no Jornal Nacional, Bom dia Brasil, Jornal Hoje, Fantástico, e também na Rádio CBN. Levando para TV e rádio o estilo irônico com que comentava os fatos da atualidade brasileira, o jornalista chegou nos anos 2000, a apresentar sozinho uma coluna fixa no Jornal da Globo, posição que manteve durante muitos anos.
Ele começou a carreira jornalística aos 22 anos, ligado ao movimento estudantil. Nos anos 1960, iniciou sua trajetória enquanto cineasta, ao lançar seu primeiro longa metragem, o documentário “Opinião Pública” (1967). No final de 1972, Jabor lançou uma de suas principais produções em vida, a adaptação da peça de Nelson Rodrigues, “Toda Nudez Será Castigada”. O filme foi a quarta maior bilheteria nacional daquele ano, e recebeu, no ano seguinte, o Urso de Prata no Festival de Berlim. Outra produção que o consagrou foi “Eu Sei Que Vou Te Amar” (1986). A obra foi selecionada para a mostra principal do Festival de Cannes, concorreu na categoria de melhor filme, e rendeu o prêmio de melhor atriz para Fernanda Torres. Arnaldo Jabor também foi o autor de dois best-sellers "Amor É prosa, Sexo É poesia" (2004) e Pornopolítica (2006).