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    Better Call Saul: Confira nossa crítica da primeira temporada

    Spin-off de Breaking Bad retratou a transformação de Jimmy em Saul Goodman.

    Better Call Saul estreou no início de fevereiro com a responsabilidade de seguir os passos de Breaking Bad, uma das mais cultuadas e premiadas séries dos últimos tempos. Agora, passados os dez episódios da primeira temporada podemos chegar à conclusão de que a nova série não só se beneficiou de contar com todo uma legião de fãs e personagens queridos, como ainda ofereceu uma narrativa independente, cativante e surpreendente.

    Muitos que embarcaram na série como "fãs de Breaking Bad", hoje podem se assumir como "fãs de Better Call Saul". São produções muito diferentes entre si, mas igualmente envolventes. Se BB retratava a saga de Walter White, que passou de um professor de química do ensino médio a mestre do tráfico de metanfetamina, agora em BCS acompanhamos Jimmy se transformar no advogado picareta que aprendemos a amar: Saul Goodman.

    O primeiro episódio começa de forma melancólica, mostrando Saul após os acontecimentos em Breaking Bad. Os primeiros minutos são todos em preto e branco e contam com uma trilha sonora nostálgica. Ali, nos deparamos com Saul vivendo com medo. De certa forma, este começo é uma janela para um futuro triste. O que já demonstra uma coragem dos produtores, que começam uma série já assumindo que seu protagonista não terá um final nada feliz.

    Na sequência, somos apresentados ao Jimmy atual, um advogado de porta de cadeia que luta para vencer na carreira, mas que vive na sombra do irmão, um advogado de sucesso que vive em reclusão e possui uma estranha condição de saúde, que é descrita como uma alergia a eletricidade. Jimmy tenta andar na linha, mas volta e meia seu passado de contraventor parece lhe alcançar.

    A primeira temporada, por mais que ofereça alguns casos jurídicos, tem como foco principal o desenvolvimento de personagens. De certa forma, também era o que acontecia em Breaking Bad. Aqui, ao longo dos dez episódios, somos apresentados a um novo Saul, mais inseguro, mais ingênuo, mas não menos esperto. Jimmy/Saul é o grande destaque da série, muito por causa do incrível trabalho de Bob Odenkirk, mas também é impossível deixar de lado a presença de Jonathan Banks como Mike. O episódio em que Mike relembra do filho morto diante de sua nora é deslumbrante. Os dois atores, por sinal, são fortes candidatos ao próximo Emmy.

    O canal AMC já garantiu a realização da segunda temporada da série. O primeiro ano teve como pontos altos o momento supracitado de Mike e o confronto entre Jimmy e Chuck no nono episódio. BCS conta com uma trilha sonora excelente e com um design de produção fabuloso. O grande destaque, no entanto, vai para a direção de fotografia. Todas as cenas, em termos de enquadramento e coloração, parecem milimetricamente pensadas.

    O elenco é outro ponto forte da produção. Além dos dois atores citados, destacam-se Rhea Seehorn, Michael McKean, Patrick Fabian, Michael Mando, Julie Ann Emery e Raymond Cruz.

    Embora o último episódio não tenha sido dos melhores da temporada, é inegável que o primeiro ano da série empolga, e muito. Agora, é esperar para ver o que Vince Gilligan e Peter Gould irão preparar para a segunda temporada.

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