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    Rio Content Market 2015: M. Night Shyamalan fala sobre primeira série

    Wayward Pines será lançada pela Fox no próximo mês de maio.

    Principal convidado do Rio Content Market 2015, o diretor M. Night Shyamalan se reuniu com a imprensa carioca nesta quarta-feira, 25 de fevereiro. Conhecido pelos trabalhos em O Sexto Sentido, A Vila e Depois da Terra, ele falou principalmente sobre sua estreia na TV, que acontece com a série Wayward Pines, que estreia na Fox no próximo dia 14 de maio, no Brasil e nos Estados Unidos.

    O AdoroCinema participou do bate papo com o cineasta. Veja o que de melhor aconteceu!

    ESTREIA NA TV

    “Eu estava esperando pelo material correto. Eu recebi o roteiro do piloto e achei bem estruturado, com muito humor. Quando li, eu pensei: ‘eu sei como fazer isso’. Sei como trabalhar esse tipo de história e acho que quando o diretor sente confiança as coisas tendem a dar certo. Estava muito certo do tom da série. Adoro o mistério. E eu também tenho sido inspirado pela TV, por tudo que tem sido feito. É uma forma de eu contar uma história para o público entre meus projetos de cinema. Leva dois anos para fazer um filme. Um piloto você consegue produzir em três meses. É um compromisso menor”, destacou Shyamalan.

    TEREMOS CONCLUSÃO?

    Conhecido por finais surpreendentes e mistérios, o diretor garantiu que o espectador não irá ficar por fora da história por muito tempo. “Sim! Teremos uma conclusão. O autor da história escreveu três livros sobre este conceito, mas na nossa série, quando chegar ao décimo episódio você já vai saber o que está acontecendo. Como contador de histórias me interesso com as reações e repercussões após a revelação do segredo”, disse.

    SEGUNDA TEMPORADA

    Shyamalan, no entanto, não recusou a possibilidade de uma segunda temporada. Mas reforçou que terão que encontrar uma história que faça sentido e que não gostaria de fazer algo só porque o estúdio deseja. 

    CORPO FECHADO 2

    Com relação às sequências, ele voltou a afirmar que não faria só pelo desejo comercial, mas por ter algo a contar: “Eu sempre quis fazer uma continuação para Corpo Fechado, mas nunca tive a ideia certa. Fico esperando e esperando, mas não vem. Eu tenho um bloco de notas e algumas ideias, mas não consegui fazer. Acho que os meus filmes representam muito do que eu era no momento em que foram feitos. Parece estranho voltar e tentar ser aquela pessoa novamente.”

    ADAPTAÇÃO

    Acostumado em dirigir roteiros próprios, Shyamalan falou sobre a experiência de trabalhar em uma adaptação: "Neste caso, o autor estava desenvolvendo a história ao mesmo tempo em que fazíamos a série. Ele participou o tempo todo da produção e teve casos dele gostar de algo que fizemos e colocar na história dos livros. Desenvolvemos a história após o primeiro livro ao mesmo tempo. Foi algo interessante, com histórias paralelas, mas orgânicas. Quase como fan-fictions." 

    PRODUÇÃO PARA A TV

    "A TV tem pedido por coisas cada vez mais diferentes. É um campo preocupado com o desenvolvimento de personagens. O cinema americano, hoje em dia, está mais ligado na ação. Nós que amamos personagens acabamos atraídos para a TV. Veja True Detective com seus longos diálogos. Imagina se você tem que fazer um filme chamado Breaking Bad e em duas horas contar todo aquele arco das cinco temporadas. É muito difícil pegar todas aquelas nuances e depois ainda fechar a história de forma satisfatória", destacou o diretor. 

    FORMATO

    Sobre a experiência no novo formato, ele disse: "Existem vários tipos de formatos na TV, como em True Detective. Na TV aberta, temos aqueles cinco ou quatro intervalos comerciais por episódio. Eu fiquei muito preocupado em como fazer isso (se adequar ao formato), em não ser algo sufocante, mas não foi um grande problema. Acho que os roteiristas e diretores da série já estavam muito acostumados com esta fórmula. E também, quando contamos uma boa história é natural que tenhamos quatro ou cinco situações empolgantes."

    SUPER-HERÓIS

    Perguntado se gostaria de realizar um filme de Super-heróis, o diretor respondeu de pronto: “Já fiz um: Corpo Fechado”. E seguiu: “Mas é claro, este é muito diferente. Eu cheguei a participar de conversas para estas adaptações de quadrinhos, mas sei lá... Meu pai sempre fica chateado quando conto pra ele que fui chamado para fazer ‘alguma coisa-man’. Ele diz: ‘você tem que fazer! Vai ganhar milhões de dólares’ (imitando um sotaque forte indiano). Mas não é assim que tomo minhas decisões. Eu me sinto desconfortável quando conheço demais um formato. Gosto quando estamos quebrando um gênero.”

    PRÓXIMOS PROJETOS

    "Eu tenho um filme chamado The Visit. Basicamente, é uma produção pequena, eu queria fazer um pequeno thriller. Eu filmei no ano passado e acho que foi a melhor experiência que tive fazendo um filme. Também me diverti muito com Sinais. Acho que as pessoas vão sentir isso ao assistir. Acabei de vender o filme para a Universal e deve sair em setembro. Voltar a fazer esse tipo de thriller focado em personagens é algo incrível. É um filme tão pequeno. Foi ótimo para recarregar minhas baterias." 

    "Também estou escrevendo outro longa. Já foram 70 páginas do primeiro tratamento. Acho que fazer uma pequena produção. É algo muito libertador", completou.

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