Lançada em 2018 pela Netflix, Everything Sucks! teve vida curta — apenas uma temporada — mas marcou o início da ascensão de Sydney Sweeney em produções audiovisuais. Criada por Michael Mohan e Ben York Jones, a série se passava em 1996 na fictícia cidade de Boring, Oregon, e misturava humor, drama e nostalgia ao retratar um grupo de adolescentes enfrentando os dilemas típicos do ensino médio.
A história gira em torno de Luke O’Neil (Jahi Di’Allo Winston), calouro que entra para o clube de vídeo da escola e se apaixona por Kate Messner (Peyton Kennedy), filha do diretor. Mas Kate, por sua vez, descobre que é lésbica e desenvolve sentimentos por Emaline Addario, personagem de Sweeney. Emaline, apesar da atenção masculina que recebe, também lida com o fato de ser queer e começa a reconhecer o que sente por Kate.
A série abordou essa descoberta com delicadeza e realismo, o que foi considerado ousado por parte do público. Algumas polêmicas surgiram, especialmente em relação à diferença de idade entre as atrizes: Sweeney tinha 20 anos durante as gravações, enquanto Kennedy, 14. No entanto, Kennedy afirmou em diversas ocasiões que se sentiu segura e respeitada em todas as cenas, inclusive durante o beijo entre as personagens.
Everything Sucks! se destacou ao tratar com seriedade a identidade queer na adolescência — algo ainda raro na TV. E mesmo sem o apelo visual e dramático de séries como Euphoria, a produção encontrou seu valor na sinceridade emocional.
Cancelada apesar das boas críticas, Everything Sucks! acabou entrando para o mesmo grupo de séries adolescentes encerradas precocemente, como Freaks and Geeks e Minha Vida de Cão. De qualquer forma, caso queira assistir, o seriado está disponível no catálogo da Netflix.