Existe teste do sofá? Famoso diretor da Globo revela sua verdade sobre suposta prática polêmica nos bastidores das novelas
Ketlyn Ribeiro
Ketlyn Ribeiro
-Redatora
Apaixonada por cultura pop e com um grande acervo de curiosidades aleatórias na memoria, Ketlyn ama enaltecer produções nacionais.

Wolf Maya resolveu abrir o jogo sobre o que realmente acontece na emissora – e até citou suas festas privadas.

Se você é do tipo que está sempre antenado nas fofocas sobre o mundo da televisão, com certeza já deve ter ouvido falar no famoso teste do sofá. A prática, que consiste na troca de favores sexuais para que atores conquistem espaço em novelas, já foi confirmada por muitos – e negada também. A novidade é que um dos diretores mais influentes que já passaram pela TV Globo finalmente resolveu contar o que realmente acontece nos bastidores.

Entre as celebridades que já comentaram brevemente sobre o assunto, estão Samara Felippo, Oscar Magrini, Maria Zilda Bethlem e até Helio de la Peña. Agora, Wolf Maya resolveu esclarecer o que já foi comentado por artistas

A verdade por trás do teste do sofá

Além de ator, Wolf Maya também é um diretor renomado, responsável por sucessos como Ti Ti Ti (2010), Barriga de Aluguel (1990), Mulheres de Areia (1993), Senhora do Destino (2004) e Fina Estampa (2011), então, se tem algo que ele sabe bem, é como funcionam os bastidores da TV Globo.

Maya não hesitou em dizer, em entrevista à coluna Gente da Revista Veja, que tudo não passa de boato. “Isso é uma imaginação. Acho que fui lesado (risos). Porque tenho fama de lançar tanta gente nova e não me lembro de ninguém que tenha lançado por causa de um sofá. A última coisa que me interessava era o sofá, até porque a gente não tinha nem tempo de cair no sofá".

Renato Rocha Miranda/TV Globo

O artista já foi casado duas vezes e afirmou que nunca misturou a vida profissional com a pessoal. "Sempre fui casado. [...] Toda forma de amor vivi na minha vida, e sempre fui muito envolvido com a minha vida particular. A minha vida no trabalho não fazia parte da sedução. Nem afetiva, nem sexual, e nem sequer comportamental. Apesar de trabalhar o tempo inteiro com libido, com liberdade, com sensibilidade, com sexualidade".

E isso não quer dizer que não exista nenhuma relação entre os profissionais das novelas. Wolf negou o teste do sofá, mas abriu o jogo sobre as "festinhas privê" que dava em sua casa. "As vezes que a gente [os artistas] tinha relações pessoais, a gente queria se divertir. Eu tinha uma casa em que dava umas festas de vez em quando no final de novelas".

"Fantasiavam que acontecia de tudo nessa festa. Nada! Acontecia o prazer enorme em zoar e não ter ninguém fotografando, em gritar, beber, porque tínhamos concluído uma obra de sucesso. Essa é a minha vida. Sou índio, brasileiro e gosto de comemorar”, afirma. Mesmo com estas declarações, sabemos que o assunto já foi confirmado por outros artistas.

Atores expõem a TV Globo

Um dos relatos que viralizaram há tempos atrás foi o da atriz Samara Felippo, em entrevista ao canal de Rafinha Bastos no YouTube. Ela, que já participou de novelas como Chocolate com Pimenta (2003) e América (2005), afirmou já ter visto de perto casos de atrizes que perderam papéis por rejeitarem o teste do sofá.

"Vejo amigas que perderam papéis porque não deram para o diretor. Existiu esse lugar. Existiu o lugar onde eu sentei para pegar um papel, e a pessoa falou: 'Você ia fazer a protagonista, mas você não tem cara de virgem'. Virgem tem cara?", disse.

Dois veteranos da Globo também falaram sobre o assunto. Em live, Oscar Magrini e Maria Zilda Bethlem abriram o jogo sobre o que já viram, e uma declaração da atriz causou polêmica. "Você trabalhou na TV Globo muitos anos, e eu também. Eu entrei na Globo em 1975. Você não vai dizer para mim que eu não sei como aquilo funciona. Até porque eu fui casada com diretor. Não é o teste do sofá. É o teste do cu".

Reprodução/Instagram

Outro ator que repercutiu o assunto foi Helio de la Peña. Muito conhecido por seu trabalho no extinto Casseta & Planeta, ele afirmou que nunca presenciou, mas ouvia muito sobre a prática nos corredores da emissora. "Tinha uma coisa assim que era o tal do teste do sofá. Pra menina fazer uma figuração, os diretores e os produtores assediavam. Eu não via, mas ouvia falar. Era corriqueiro", contou em entrevista ao podcast Inteligência Ltda.

"Tinha produtor que tinha contato com cafetina e botava as meninas como figuração. Tinha uma coisa de uma libertinagem, de um abuso, um assédio. Quem não cedesse, de fato, não ia para frente e não subia [na carreira]. Enfim, era uma coisa realmente institucionalizada".

Bom, diante de tantos relatos diferentes, é difícil saber quem está certo ou errado – ou até quem não faz ideia da verdade sobre o assunto. Mas uma coisa é fato: essa história vai sempre dar o que falar!

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