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    A Caminho da Lua: Conheça a lenda chinesa contada no filme da Netflix

    O conto da deusa Chang'e, mencionado no filme de Glen Keane, faz parte de um importante feriado nacional na China.

    Neste mês das crianças, a Netflix lançou o novo filme infantil A Caminho da Lua, que chegou ao catálogo do streaming na última sexta-feira (23). O longa é dirigido por Glen Keane, que foi responsável pela animação de grandes clássicos da Disney como A Pequena SereiaPocahontas e A Bela e a Fera.

    A Caminho da Lua

    Estrelando Cathy Ang na dublagem da personagem principal, a história é ambientada na China e centrada na pequena Fei Fei, uma pré-adolescente que, quatro anos após a morte da mãe, se vê perdida quando o pai decide se casar novamente. Desesperada, a jovem se agarra à lenda da Deusa da Lua, que segundo a mitologia chinesa, está esperando pelo seu amado lá no céu. Para evitar o casamento e provar que a divindade é real - assim como sua mãe dizia - Fei Fei constrói um foguete e voa para a lua com o objetivo de encontrá-la.

    Chang’e, a deusa da lenda mencionada no filme, faz parte de uma tradição muito importante na China até os dias atuais. Caso queira conhecer melhor sobre este conto, o AdoroCinema te ajuda. Continue lendo!

    Feriado da Lua

    A lenda de Chang’e faz parte do feriado nacional na China. Comemorado em 15 de agosto no calendário lunar - e em 1 de outubro, em 2020, no Ocidente - a festividade se passa em meados do outono chinês. Criada durante a Dinastia Song, entre 960 e 1127, a celebração nasceu como forma de agradecimento dos antigos imperadores e trabalhadores do campo pela boa colheita. Nesta data, as famílias se reúnem em volta à mesa, oferecem um farto jantar para venerar as luas cheias, agradecer e pedir felicidades. Como sobremesas, se alimentam de Bolinhos da Lua, preparados exclusivamente para este evento anual.

    Qual é a história de Chang’e?

    Ícones da mitologia chinesa, Chang’e e seu marido arqueiro, Hou Yi são descritos como salvadores da colheita e retrato perfeito do amor verdadeiro. Segundo a lenda, haviam 10 sóis no céu e o excesso destas estrelas queimavam as plantações e, consequentemente, fazia pessoas morrerem de fome. Para acabar com esse sofrimento, Hou Yi usou seu arco e flecha para atirar em nove deles.

    Como recompensa por seu bom ato, o arqueiro ganhou um elixir que o permitia viver eternamente e o mesmo guardou o frasco para que pudesse compartilhar com sua amada Chang’e. No entanto, enquanto estava fora, tentaram roubar o frasco quando Chang’e estava sozinha em casa. Para evitar que fosse levado, ela tomou o frasco todo sozinha. Ao chegar em casa, Hou Yi conseguiu encontrá-la, mas ela já estava subindo para a lua. Tiveram uma triste despedida e, depois do ocorrido, Hou Yi começou a rezar periodicamente para a lua, visando honrar a esposa.

    Coelho de Jade mencionado em A Caminho da Lua

    Em paralelo ao mito de Chang’e, nasceu também a história do coelho verde que mora com Chang’e na lua - assim como no filme da Netflix. Feito de Jade, pedra preciosa usada por imperadores chineses, o animal teve uma história interessante que envolve sacrifício. Se disfarçando de mendigos, três imortais começaram a pedir comida na floresta. A raposa e o macaco lhes deram alimentos, mas o coelho não tinha nada a oferecer e se jogou na fogueira, ofertando a própria carne. Emocionados com a atitude, os três o tornaram imortal e o enviaram para viver ao lado de Chang’e.

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