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    10 Horas para o Natal: Diretora Cris D'Amato fala sobre o filme possuir um clima natalino propriamente brasileiro (Visita a set)

    Um filme de Natal para chamar de nosso!

    Com filmagens encerradas no início deste mês de agosto, o longa 10 Horas Para o Natal, dirigido por Cris D'Amato, tem previsão de estreia para dezembro de 2019 e contará uma história ainda inédita para quem vive em terras tupiniquins: trata-se de uma comédia natalina feita em nosso país e com nossas próprias referências - mas sem deixar de lado alguns vislumbres de clássicos como Esqueceram de Mim e Um Herói de Brinquedo. Finalmente!

    A neve e o frio, características da época natalina nos filmes americanos, serão substituídas por elementos e cenários brasileiros com a ajuda do elenco formado por Luis Lobianco, Giulia Benite, Pedro MirandaLorena Queiroz e Karina Ramil. Na história, três irmãos terão a difícil missão de salvar o Natal da família, visto que nos últimos anos, com a separação dos pais, a união ficou completamente afetada. O maior problema das crianças? Eles só terão 10 horas para planejar tudo e garantir uma reunião há muito tempo aguardada.

    Durante as filmagens em São Paulo, o AdoroCinema foi convidado a passar uma tarde no set em um dia bem especial. Acompanhamos uma cena que exibirá um número musical feito pelo elenco em um local inusitado: dentro de um globo de neve. Mas, ao contrário do tamanho do objeto, que cabe em nossas mãos, o cenário era gigante, com muita cor e neve para todos os lados. Como depois nos foi explicado, o número músical se passará dentro da mente da pequena Bia, personagem de Lorena Queiroz que ama o Natal e ajudará os irmãos Julia (Benite) e Miguel (Miranda) a salvarem a celebração familiar.

    Em entrevista exclusiva, Luis Lobianco disse que 10 Horas Para o Natal não é somente uma história natalina. "O filme fala sobre como ficam as crianças no meio de diferenças e separações familiares, sobre como ficam o sentimento e desejo deles. No fim das contas, a gente fala sobre amizade. Ninguém precisa reatar casamento para que as crianças fiquem feliz. Eles só querem ter momentos em que os pais conseguem conversar e se unir".

    A diretora Cris D'Amato concorda com a abordagem que Lobianco comentou e acredita que isso traz outra camada à história: "A separação entre pais e mães às vezes faz as crianças ficarem no meio da história, onde as coisas não estão muito bem resolvidas nem para quem pediu, nem para quem ficou. Elas se sentem um pouco culpadas daquilo que restou, e não conseguem mais ter pai e mãe juntos naquele primeiro momento, porque realmente é uma ruptura muito forte. Mas família não se separa, se separa pai e mãe. E esse resgate de querer ter uma família, de apenas querer ver duas pessoas que um dia se amaram estão bem, é importante", explica.

    Giulia Benite, intérprete da Monica nos cinemas, afirmou que ficou surpresa ao ler o roteiro pela primeira vez e perceber que se tratava de uma história bem diferente das que estamos acostumados a assistir. "Quando li tudo eu pensei: 'Meu Deus, como eles vão fazer isso? Porque isso é muito americano, coisa de filme internacional'. Quando eu vi essas partes de coreografia, fiquei impressionada pois é igual aos filmes que assisto de fora. Ter a experiência de gravar algo parecido com esses filmes está sendo muito divertido, uma experiência que levarei para a vida. Não acho que vou viver nada parecido com isso, num estúdio com neve e tudo mais", diz, antes de completar que adora a neve, mas não gosta do frio. "Além de tudo isso, está sendo incrível ver a neve e não passar frio", brinca.

    Pedro Miranda, que participou do The Voice, se mostrou animado para o número musical que estará no filme e afirmou que se parecerá com espetáculos da Broadway. Porém, também destacou que o filme chamará a atenção por outras razões: "Vai chamar atenção porque mostra que o Natal não é só brilho. Ele tem seus altos e baixos e há muitos aspectos brasileiros no roteiro."

    Dentre as locações de filmagens, a equipe se locomoveu para locais abertos, como a 25 de Março, um dos pontos mais conhecidos de São Paulo. "O roteiro já era uma graça, mas aí fomos acrescentando lugares bem paulistanos, como a 25 de Março, que dão uma identidade a mais à história. Aproveitamos o frio de São Paulo, em julho, para filmar em lugares abertos. De certa forma, filmar na 25 já diz um pouco sobre o nosso Natal brasileiro."

    Quanto ao que o público achará de 10 Horas Para o Natal, Lobianco diz: "Acho que além do gênero natalino, o filme também entra nessa categoria feel good movies, que é algo que precisamos nesse momento de tanta divisão, polarização e extremos. Com a extrema direita insistindo em chocar todo mundo. O público que vai ao cinema, principalmente com crianças, está procurando um pouco de empatia, um momento de 'ok, nos entendemos aqui'. O filme levará isso às pessoas". Para D'Amato, a missão do filme é precisa: "O público vai entender que nós temos um Natal tropical. Certamente, pode-se esperar um filme que nunca tivemos: Um filme de Natal."

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