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    Bryan Cranston, antes e depois de Breaking Bad

    O ator está de volta às telonas brasileiras com Amigos para Sempre, refilmagem de Intocáveis.

    Rei do tráfico de drogas de Albuquerque, Heisenberg e, acima de tudo, Walter White. Após protagonizar Breaking Bad, uma das mais aclamadas séries da história da televisão, o ator, produtor, diretor e roteirista Bryan Cranston ficou diretamente ligado ao personagem que alavancou sua carreira ao nível do estrelato. No entanto, o seriado de Vince Gilligan é apenas um dos muitos trabalhos de sucesso de Bryan Lee Cranston, nascido em março de 1956. Assim, com a estreia da dramédia Amigos para Sempre, o AdoroCinema decidiu relembrar a trajetória do premiado ator — antes e depois de Breaking Bad.

    Criado em Los Angeles, Cranston não demorou a começar a aprender a profissão que tornou a Cidade dos Anjos famosa ao redor do mundo. Trabalhando como garçom, segurança de supermercado, porteiro, operador de câmera e até mesmo juiz de paz para financiar sua carreira, o ator fez sua estreia atuando em pequenas séries de televisão e em comerciais menores ainda durante os anos 1980. No fim da mesma década e até meados da seguinte, conseguiu algumas oportunidades como dublador, como em Power Rangers, universo para o qual voltaria quase 20 anos depois para interpretar Zordon no reboot de 2017.

    A partir de 1994, Cranston deu um verdadeiro salto, emplacando personagens em séries como SeinfeldArquivo X — em um episódio escrito por Vince Gilligan —; no teatro, onde recebeu alguns de seus primeiros prêmios; e também no cinema, mais notavelmente em O Resgate do Soldado Ryan, de Steven Spielberg. Ao demonstrar sua impressionante versatilidade, da comédia aos épicos de guerra, o futuro Walter White atraiu atenção da Fox, cujos produtores ofereceram o papel que representaria o estouro de Cranston nas telinhas: Hal, o disfuncional e louco pai de Malcolm (Frankie Muniz) em Malcom in the Middle.

    Pela sua performance no seriado, o ator recebeu suas primeiras nomeações ao Globo de Ouro e ao Emmy (três no total, entre 2002 e 2006), todas na categoria de Melhor Ator Coadjuvante em uma Série de Comédia, e também testou suas habilidades como diretor — além de seu filme de estreia como realizador, Last Chance, de 1999, e de Malcolm in the Middle, o astro também comandou capítulos de títulos como The OfficeModern Family e, é claro, Breaking Bad. Combinando seu papel na popular comédia até 2006 e papéis nas telonas, Cranston finalmente reuniria-se com Gilligan dois anos depois do filme de Malcolm.

    O período entre 2008 e 2013 foi certamente o de maior sucesso da carreira do ator, um processo de pura aclamação que rendeu um lugar cativo na cultura pop a Cranston e um sem-número de troféus, incluindo 6 Emmys por sua performance como Walter White e também por ter produzido a última temporada de Breaking Bad. Como o cozinheiro de metanfetamina que entra para o submundo do crime do Novo México para sustentar sua família ao descobrir que tem um câncer, o astro imprimiu uma duradoura marca no universo audiovisual, credenciando-se para voos ainda maiores e mais sólidos no cinema e no teatro.

    Nos palcos, o ator ganhou as distinções de Melhor Ator nos prêmios Tony e no Laurence Olivier por estrelar "All the Way", que daria origem à cinebiografia Até o Fim, e "Network", atualmente na Broadway, baseado no clássico Rede de Intrigas, recentemente relembrado pela coluna Tirando o Mofo. Nas telonas, ainda durante sua época como Heisenberg, acumulou papéis de apoio em produções como O Poder e a Lei, DriveArgoGodzilla até conseguir sua chance como protagonista em Hollywood: em Trumbo: Lista Negra, biografia do polêmico autor Dalton Trumbo que lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar.

    Desde então, Cranston continua em uma sequência vitoriosa que inclui o supracitado Amigos para Sempre, em cartaz no Brasil; colaborações com realizadores aclamados como Richard Linklater (A Melhor Escolha) e Wes Anderson (Ilha dos Cachorros); a chance de produzir suas próprias séries, Sneaky Pete e Electric Dreams; e a vindoura oportunidade de coestrelar seu próprio blockbuster, já que vem sendo ligado à adaptação live-action do game Uncharted. Com um leque tão grande de possibilidades, o apoio do público e da crítica e mesmo aos 62 anos, Bryan Cranston parece estar apenas começando — sorte nossa.

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