A 42ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo segue firme e forte aqui no AdoroCinema. Além de nossas críticas e notícias diárias, também destacamos algumas dicas na programação por diferentes vertentes. Já falamos sobre 10 filmes que nos surpreenderam nos últimos dias, e agora falamos sobre produções dirigidas por mulheres, que representam quase 100 títulos dentre os 336 presentes este ano.
Ainda dá tempo de conferir alguns durante o festival, que vai até o dia 31 de outubro! Confira nossas sugestões:
Deslembro
O filme se passa no Brasil pós-ditadura militar e foi exibido no Festival de Veneza deste ano.
"Entre cenas construídas demais e outras deficientes, o saldo de Deslembro é inegavelmente positivo. A cineasta Flávia Castro se destaca por privilegiar o ponto de vista de Joana, sem apostar numa família caricatural da esquerda. A passagem à fase adulta equilibra a doçura das primeiras vezes com o amargor dos traumas da nossa história." Leia a crítica completa.
O Mau Comportamento de Cameron Post
Com Chloë Grace Moretz, este coming of age cheio de descobertas na vida de uma jovem homossexual foi o vencedor do Festival de Sundance deste ano!
"Doloroso ao sufocar o processo de assimilação com o esforço de destruição, O Mau Exemplo de Cameron Post pode não ser o filme que os cinéfilos não-heterossexuais queriam ver, mas é um que o mundo também precisa." Leia a crítica completa.
Limonada
Drama que acompanha uma mãe sofrendo por diversos acontecimentos repentinos ao longo de um dia.
"Este drama começa onde a maioria dos filmes convencionais terminaria. A romena Mara obtém permissão para ficar nos Estados Unidos, casada com um americano gentil, que acolhe em sua casa o filho dela de um casamento antigo. O serviço de imigração dá prosseguimento à papelada, há possibilidades de trabalho fixo no horizonte. The end. No entanto, a partir do ponto em que a vida está segura, a diretora Ioana Uricaru faz a vida de Mara desmoronar." Leia a crítica completa.
Tarde para Morrer Jovem
Um grupo de jovens se preparam para comemorar o Ano Novo em meio a conversas sobre amor e vida, enquanto o Chile vê sua democracia retornar.
"Nestas férias de 1990, todas as experiências são permitidas. Tarde para Morrer Jovem busca resgatar aquele verão em que todos passam por vivências determinantes para a maturidade." Leia a crítica completa.
Rosas Selvagens
Um filme sobre dificuldades em relacionamentos, culpa e distância.
"O drama se constrói com um clima de suspense, ocultando voluntariamente o contexto em que se encontra a protagonista, para revelá-lo aos poucos, detalhe por detalhe." Leia a crítica completa.
3 Dias em Quiberon
Este drama tem como protagonista uma atriz em uma clínica de reabilitação que aceita dar uma entrevista para um jornalista, mas tudo acaba se tornando mais complicado do que imaginava.
"O roteiro, portanto, aborda a ruína financeira de Schneider, seus casamentos e rupturas, seus acessos de euforia seguidos por momentos de depressão. Mais do que isso, ele insere a protagonista num quarteto de afetos e desafetos." Leia a crítica completa.
Torre das Donzelas
Mais um filme com temática política: um grupo de mulheres revisita a Torre das Donzelas 40 anos após sofrerem torturas na Ditadura.
"O documentário Torre das Donzelas pretende mostrar que a repressão militar, tipicamente masculina, foi direcionada a milhares de mulheres, e que tanto seu sofrimento quanto sua resistência adquiriram um contorno particular devido a questões de gênero." Leia a crítica completa.
A Madeline de Madeline
Esta história sensível apresenta uma jovem que se sente livre no palco, ao mesmo tempo em que começa a aprender quem é de verdade na vida "lá fora".
"Com uma linda fotografia e a vivacidade chamativa da protagonista, A Madeline de Madeline funciona como rito de passagem que só acontece durante uma fase específica, em que também se encontra o ápice de tudo o que Madeline demonstra: vontade de crescer, de falar, de sentir e, principalmente, de ser." Leia a crítica completa.
Todas as Canções de Amor
Seguindo duas linhas temporais, o drama conta histórias de casais que se encontram em fases completamente diferentes de uma relação amorosa.
"Todas as Canções de Amor tem atuações consistentes (especialmente de Luiza e Julio) e é mais um ótimo exemplar do que o cinema nacional vem nos entregando nos últimos tempos, representando uma forma de indicar até onde o amor consegue chegar." Leia a crítica completa.
Procurando por Ingmar Bergman
Neste documentário, Margarethe von Trotta refaz os passos do diretor Ingmar Bergman como se fossem os seus.
"Terapia para quem faz, quem entra em contato e quem a discute, a arte revela muito sobre quem a produz, e em torno de tais leituras e identificações nos filmes de Bergman se desenrolam as conversas." Leia a crítica completa.