No 28º Cine Ceará - Festival Ibero-Americano de Cinema, a noite de 7 de agosto foi a primeira a apresentar dois longas-metragens da mostra competitiva, de uma só vez: o documentário brasileiro Eduardo Galeano Vagamundo e a comédia colombiana Amália, a Secretária.

Eduardo Galeano Vagamundo, de Felipe Nepomuceno, parte de uma entrevista concedida pelo escritor uruguaio a jornalista Eric Nepomuceno. O material, por si só, já desperta grande interesse pela maneira despojada e bem articulada com que o autor de "O Livro dos Abraços" fala sobre a sua visão do mundo e da literatura.
O cineasta intercala os belos episódios narrados pelo personagem com leituras de seus textos e cenas poéticas sobre a natureza. O resultado é uma obra coesa, contemplativa, ainda que não muito original. Ao apresentar a obra no palco do Cineteatro São Luiz, Nepomuceno dedicou a obra a Fernando Birri e a Belchior.
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Amália, a Secretária mudou os rumos da noite com uma comédia de costumes simples, focada na vida entediante da funcionária de uma empresa de produtos elétricos. O diretor Andrés Burgos constrói uma obra singela, com olhar melancólico às classes desfavorecidas.
A atriz Marcela Benjumea, ícone do cinema colombiano, apresentou o filme à plateia cearense, antes de demonstrar grande desenvoltura para este tipo de humor que privilegia desconfortos e silêncios. O público presente respondeu muito bem à comédia, que ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.
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O 28º Cine Ceará continua na noite de 8 de agosto com a exibição do longa-metragem Che, Memórias de um Ano Secreto, de Margarita Hernández, fora de competição, além dos curtas-metragens O Vestido de Myriam, de Lucas H. Rossi, Nova Iorque, de Leo Tabosa e A Canção de Alice, de Bárbara Cariry.
Leia as nossas críticas do 28º Cine Ceará: Amália, a Secretária O Barco Cabras de Merda Eduardo Galeano Vagamundo Petra Sol Alegria