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    Festival de Cannes 2018: 16 atrizes negras se unem no tapete vermelho para denunciar o racismo na França

    Lideradas por Aïssa Maïga, elas expõem as condições de trabalho no país, quatro dias depois de Cate Blanchett comandar protesto por melhores oportunidades para as mulheres.

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    Depois de 82 mulheres, das mais variadas funções do cinema, tomarem o famoso tapete vermelho do Festival de Cannes, no último sábado, sob a liderança de Cate Blanchett, para protestarem por condições de igualdade de gênero na indústria, foi a vez de 16 atrizes negras clamarem contra o racismo no segmento francês - no mesmo 'bat local'.

    A nova marcha aconteceu na noite da última quarta-feira, 16, e foi liderada pela atriz Aïssa Maïga (A Espuma dos Dias, Paris, Te Amo), coautora do livro “Noire N'est Pas Mon Métier” (Minha Profissão não é Negra), e contou com o reforço da cantora Khadja Nin, que integra o júri oficial da edição deste - e do qual, Blanchett é presidente.

    As outras atrizes são: Nadège Beausson-Diagne, Mata Gabin, Eye Haïdara, Rachel Khan, Sabine Pakora, Firmine Richard, Magaajyia Silberfeld, Assa Sylla, Karidja Touré, France Zobda, Maïmouna Gueye, Sara Martins, Marie-Philomène Nga, Sonia Rolland e Shirley Souagnon.

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    No discurso, Maïga pediu por mecanismos de financiamento para promover a diversidade no cinema, de forma que "se possa ver a verdadeira França na tela".

    O livro, lançado no início do mês na França, traz histórias de racismo sofridas pelas atrizes negras no país. Beausson-Diagne (do sucesso A Riviera não é Aqui), por exemplo, conta que já foi questionada por um diretor se ela falava "africano". E que, num teste de elenco, ouviu: "Para uma negra, você é realmente muito inteligente. Você deveria ser branca".

    No pronunciamento, Aïssa Maïga disse que o protesto em Cannes tem a intenção de contribuir para "mudar a estrutura da sociedade".

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