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    Natalie Portman se arrepende de ter apoiado Roman Polanski em caso de estupro

    Atriz assume o erro de ter assinado petição para liberar o diretor da prisão pela acusação de ter violentado garota de 13 anos.

    Getty Images

    Um dos principais nomes envolvidos no projeto feminista Time's UpNatalie Portman anunciou que está arrependida de ter assinado uma petição à favor do diretor Roman Polanski em um caso de pedofilia. Em 2009, a atriz ofereceu sua assinatura para apoiar que o cineasta franco-polonês fosse liberado da prisão após ter sido encarcerado na Suíça por ter estuprado uma garota de 13 anos em 1977, nos Estados Unidos.

    "Eu me arrependo muito. Assumo responsabilidade por não ter pensado o suficiente sobre o assunto. Alguém que eu respeitava deu [a petição] para mim e disse: 'Eu assinei. Você também vai?'. [...] Foi um erro. O que eu sinto é que ganhei com isso a empatia de pessoas que cometeram erros. Vivemos em um mundo diferente, e isso não é desculpa para nada. Mas você pode manter seus olhos abertos e mudar completamente o caminho que quer viver. Meus olhos não estavam abertos [na época]", disse Portman em entrevista ao BuzzFeed News.

    O caso que levou Polanski à prisão na Suíça em 2009 data de 1977, quando foi preso e condenado pelo estupro de Samantha Geimer, que possuía 13 anos na época do crime. O diretor deveria fazer uma sessão de fotos com Geimer, mas, quando ficaram à sós, ele violou a adolescente, que descreveu os eventos como "assustadores e, olhando para trás, muito arrepiantes" e que Polanski "não aceitava não como resposta" quando a atacou.

    Sob as acusações de estupro com uso de drogas, perversão, sodomia, atos libidinosos com uma criança com menos de 14 anos, e por fornecer drogas controladas a uma menor de idade, Polanski foi condenado na época, mas fez um acordo com o advogado da vítima. Se declarou culpado de abusar de uma pessoa menor de 18 anos e foi absolvido das outras acusações, cumprindo uma curta pena nos EUA antes de fugir para a França, onde vive hoje. O cineasta ainda é considerado foragido e o caso não foi encerrado pelas autoridades americanas, contudo, Geimer pediu às autoridades que o caso fosse dado como finalizado por não suportar mais a cobertura da imprensa sobre o assunto e por querer preservar sua família de mais exposição.

    Além do caso mencionado, Polanski soma outras duas acusações de estupro contra menores que foram realizadas em 2017. Uma delas identificada como Robin acusa o cineasta de tê-la estuprado no sul da Califórnia em 1973, quando ela tinha apenas 16 anos de idade. A segunda foi feita pela ex-atriz alemã Renate Langer, que condena o diretor de tê-la violado em fevereiro de 1972, quando ela tinha 15 anos de idade.

    Em 2018, o novo longa de Polanski, Baseado em Fatos Reais  — filme com Emmanuelle SeignerEva Green —, chegará aos cinemas do Brasil dia 12 de abril.

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