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    Pantera Negra: Ativistas aproveitam sessões do filme para registrar eleitores negros

    O voto é facultativo nos Estados Unidos.

    Disney / Marvel Studios

    Um lançamento da Marvel Studios nunca foi tão politizado e ativistas aproveitaram o sucesso de Pantera Negra, que conseguiu a quinta maior estreia de todos os tempos nos cinemas dos Estados Unidos, para promover causas cívicas. O grupo Movement for Black Lives (ou Movimento pelas Vidas Negras, em tradução livre para o português.

    Vestindo roupas inspiradas em Wakanda, os ativistas vão até os cinemas que exibem Pantera Negra para estimular pessoas negras a se registrarem como eleitores. Ao contrário do que acontece no Brasil, nos Estados Unidos o voto é facultativo, inclusive para eleições majoritárias, como o pleito que define o presidente do país.

    "O Movement for Black Lives é uma iniciativa de líderes negros e organizações que lutam todos os dias pela vida saudável e alegre de pessoas negras", contaram as ativistas Jessica Byrd e Kayla Reed sobre a estratégia, chamada #WakandaTheVote. "Nós temos sucesso porque nós encontramos as nossas comunidades onde elas estão, seja nas ruas, seja no conselho municipal, seja nos cinemas", disseram, em entrevista para o site Blavity.

    Segundo os organizadores, a inciativa mobilizou pessoas em mais de 50 cidades dos Estados Unidos a ajudar a registrarem eleitores nas sessões de Pantera Negra no final de semana de estreia do filme. "Mais de mil pessoas atenderam o nosso chamado e nós construímos uma animadora campanha desde então. Nós vamos nos envolver em ações por todo o país para educar e motivar eleitores negros e lançar um instituto de campanha intensiva chamado Electoral Justice League [ou Liga da Justiça Eleitora, em tradução livre]", completou.

    Nas eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos, que definiram Donald Trump como presidente do país que representa a maior economia do planeta, o número de eleitores negros registrados para votar que exerceram tal direito foi 7% menor do que nas eleições de 2012. As eleições de 2016 também representaram a primeira vez em 20 anos em que os eleitores negros registrados votaram menos proporcionalmente, segundo informações do Pew Research Center.

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