Harvey Weinstein, ex-magnata de Hollywood cuja carreira foi derrubada pela onda de corajosos testemunhos de vítimos de abusos sexuais na indústria cinematográfica, foi agredido em um restaurante de Scottsdale, no Arizona. Segundo informa o Yahoo! Movies, o ex-produtor saía do estabelecimento quando um outro consumidor - que havia pedido uma foto com Weinstein, negada por ele - socou e xingou o acusado de assédio sexual. Na versão da gerente do local, os golpes não chegaram a acertar o alvo.
Execrado durante o discurso de abertura de Seth Meyers no Globo de Ouro e rosto público do lado mais sórdido de Hollywood, Weinstein teve seus crimes expostos por um longo artigo do New York Times, publicado no último dia 5 de outubro. Desde então, o ex-produtor, que chegou a contratar espiões para encobrir os rastros de seus malfeitos, foi banido da Academia do Oscar; demitido da companhia que ajudou a criar, a Weinstein Co.; perdeu o apoio de colaboradores de longa data, como o cineasta Quentin Tarantino; e enfrenta a possibilidade de ser preso, uma vez que é alvo de investigações criminais conduzidas por departamentos policiais nos Estados Unidos e na Inglaterra.
As revelações sobre Weinstein iniciaram a nova fase pela qual a indústria cinematográfica dos Estados Unidos vem passando desde o fim de 2017. Além do produtor, outros poderosos nomes de Hollywood e predadores sexuais como Kevin Spacey e Louis C.K. também viram suas carreiras serem derrubadas pelas denúncias de suas vítimas. De lá para cá, o movimento contra os abusos sexuais ganhou força ao redor do mundo - e detratores, como Catherine Deneuve -; foi a principal temática do Globo de Ouro, evidenciado pelo emocionante discurso de Oprah Winfrey; foi destacado pela capa da prestigiada revista Time; e tornou-se símbolo da esperança de muitos por dias melhores em Hollywood.