
Mas isso não significa que o filme tenha sido um fracasso. Em entrevista ao Deadline, o diretor de conteúdo da Netflix Ted Sarandos divulgou os números de acesso que o filme teve na plataforma desde o seu lançamento, no dia 16 de outubro.
“A boa notícia é que, em duas semanas, conseguimos disponibilizar o filme para os 69 milhões de assinantes da Netflix ao redor do mundo, em mais de 50 países. Estamos tentando dar a opção aos consumidores de assisti-lo nos cinemas, nos lugares onde pudermos - nos EUA e Reino Unido. Mas nosso foco sempre foi a audiência total. Você sabe, nós não costumamos divulgar os números de audiência.”
Entretanto, Sarandos esteve aberto a uma exceção, e compartilhou, satisfeito, os números:

Enquanto nas redes de cinema a arrecadação foi baixa – o filme estreou em apenas 31 salas ao redor do mundo, e obteve cerca de US$ 83.861 nas bilheterias, Sarandos ressalta que a preocupação é com a audiência total:
“Há apenas uma certa quantidade de coisas que podemos fazer sobre o que acontece nos cinemas. Podemos disponibilizar, tentar agendar, mas se os donos das redes não quiserem exibir, eles não vão exibir. Seja no cinema ou seja em casa, o nosso foco é na audiência total. Queremos que as pessoas assistam ao filme e se apaixonem por ele. E é isso que está acontecendo.”

Independente da distribuição (ou não) nos cinemas, a Netflix continua investindo e não teme disponibilizar altos orçamentos para suas próximas produções. Em dezembro, a plataforma estreia The Ridiculous 6, comédia de Adam Sandler, e ainda está filmando War Machine, com Brad Pitt, e está em pré-produção com o drama First They Killed My Father: A Daughter of Cambodia Remembers, dirigido por Angelina Jolie. “Você não contrata o Brad Pitt para fazer um filme de baixo orçamento", afirmou. “Temos um modelo econômico melhor e uma ampla plataforma global. Acho que os cineastas de todos os tipos estão aceitando isso.”
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