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    Festival de Gramado 2015: Marília Pêra é homenageada com Troféu Oscarito

    O cubano Venecia e o brasileiro Ausência foram os longas exibidos nesta terça-feira.

    Edison Vara/Agência Pressphoto

    A noite de terça-feira, 11 de agosto, teve como ponto alto a homenagem especial a Marília Pêra. A atriz de Bar EsperançaPixote - A Lei do Mais Fraco e Central do Brasil subiu ao palco do Palácio dos Festivais para receber o badalado Troféu Oscarito. Filha de artistas, Pêra lembrou que seus pais trabalharam com Oscarito e que ela própria, quando criança, havia feito uma participação como bailarina em uma chanchada com o astro da comédia nacional.

    Marília Pêra agradeceu muito ao Festival de Gramado, lembrando que esteve no evento por diversas vezes, sendo duas como vencedora do Kikito de Melhor Atriz. Ela recebeu o troféu das mãos de seus três filhos, num momento bonito e simpático, uma vez que a atriz não sabia que eles estavam na cidade.

    Além da homenagem, a noite contou com a exibição de dois curtas e dois longas em competição. Produzido no Rio Grande do Norte, o curta Seo Inácio foi o filme mais aplaudido da noite. A obra apresenta Inácio, um personagem fantástico, apaixonado por cultura, que não se incomoda de dormir apertado em uma rede para que sua pequena casa fique totalmente ocupada por livros e filmes. Já o outro curta da noite, Virgindade, pouco empolgou. Oferece um narrador interessante, mas parece não saber bem o que pretende.

    Na mostra competitiva de longas latinos, Venecia é uma produção bem irregular, retratando a rotina de três jovens que trabalham em um salão de beleza em Cuba. Um dia, após o trabalho, elas deixam de lado dramas pessoais para tentar se divertir. É interessante por mostrar todo um lado obscuro da noite cubana, mas não oferece muito além disso. A trama é superficial e não engrena.

    Para fechar a noite foi escolhido o drama brasileiro Ausência, de Chico TeixeiraMatheus Fagundes interpreta um jovem garoto que é deixado pelo pai e sofre com o alcoolismo da mãe. Ele é obrigado a cuidar do irmão mais novo e ainda, aos 14 anos, colocar dinheiro em casa. Ele trabalha em uma feira com o tio e tem sua relação mais estável com um cliente da mesma, um professor vivido por Irandhir Santos. A trama é bem desenvolvida e envolvente. Fagundes entrega um trabalho marcante, não deixando de lado atitudes infantis mesmo diante da necessidade de crescer rápido demais.

    O AdoroCinema viajou a convite da organização do evento.

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