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    Toronto 2014: Ator Alan Rickman dirige filme estereotipado sobre aristocracia francesa do séc.XVII

    Capitaneado por Kate Winslet, segundo filme dirigido pelo intérprete do professor Severus Snape (Harry Potter), depois de 17 anos, não empolga.

    Ele já foi Ronald Reagan (O Mordomo da Casa Branca), o juiz Turpin na adaptação de Tim Burton para o cinema do clássico Sweeney Todd, emprestou a voz à lagarta de Alice no País das Maravilhas, participou de Duro de MatarO Guia do Mochileiro das Galáxias e, claro, é o professor Severus Snape, da saga Harry Potter. Ah, ele também já integrou a lendária companhia de teatro britânica Royal Shakespeare Company.

    Como ator, Alan Rickman tem uma carreira invejável. Como diretor, infelizmente, ainda não. É o que se deduz deste A Little Chaos, que teve estreia mundial no Festival de Toronto (TIFF), em que ele retorna à função 17 anos depois de rodar seu primeiro longa-metragem como diretor, Momento de Afeto, que não teve muita visibilidade.

    Rickman, inclusive, atua nesse filme, como o Rei Luís XIV, que incumbe o famoso arquiteto André Le Notre (Matthias Schoenaerts) de projetar os jardins do Palácio de Versalhes. André, por sua vez, contrata a arrojada – e introspectiva – paisagista Sabine de Barra (Kate Winslet) para auxiliá-lo. Eles se apaixonam, mas o jovem vive um casamento de fachada com a personagem de Helen McCrory (outra do universo Harry Potter); e um trauma do passado de Sabine a impede de tocar a vida amorosa.

    Com um roteiro maniqueísta e situações previsíveis, em alguns momentos, o filme soa até amador – como na iluminação, artificial. E dificilmente configurará na temporada de premiação.

    Fora da brutalidade de Ferrugem e Osso ou da violência de The Drop, este também exibido em Toronto, Matthias Schoenaerts parece desconfortável em um papel mais “elegante”. Ele mal mexe o pescoço. Já Kate Winslet é Kate Winslet. Ela dá conta do papel, mas é ofuscada pela má qualidade geral do filme. Stanley Tucci faz uma participação engraçada, como o irmão do Rei. O monarca, aliás, protagoniza a melhor cena do filme, quando Sabine o confunde com um vendedor de flores. No mais, é de lamentar.

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