James Cameron voltou aos holofotes após entregar a versão final de Avatar: Fogo e Cinzas à Disney e iniciar a divulgação do terceiro filme da franquia. Em entrevista ao podcast The Town, apresentado por Matthew Belloni, o diretor comentou um assunto que há anos lhe incomoda: a maneira como parte da mídia descreve o trabalho dos atores de Avatar. Segundo Cameron, uma interpretação equivocada insiste em comparar o desempenho do elenco ao processo tradicional de dublagem. “O que me irrita é quando dizem, especialmente na mídia, que, digamos, Sigourney Weaver dublou a Kiri”, afirmou.
Ele explicou que, em animações convencionais, como produções da Pixar, o ator grava sua participação em poucos dias, enquanto uma equipe de animadores cria todo o movimento. “Isso não é o que Sigourney ou qualquer outro ator [em Avatar] fez”, destacou.
James Cameron detalha o rigor físico e técnico das performances capturadas nos filmes
O cineasta afirmou que cada sequência dos longas depende diretamente das atuações completas registradas por meio de captura de performance. Embora Pandora seja construída digitalmente, a base expressiva e corporal vem inteiramente do elenco. Por isso, Cameron insiste que o público compreenda a diferença entre dublagem e o trabalho de atuar em cena equipada com sensores, câmeras e tecnologia imersiva.
Durante a conversa, ele também revelou a dimensão desse processo nos próximos capítulos da franquia. “Para fazer Avatar 2 e Avatar 3, fizemos 18 meses de captura. Foram 18 meses de atuações. Eles performam tudo. Cada respiração é registrada. Cada movimento, cada gesto de mão”, explicou.
Se você via os personagens debaixo d’água, os atores estavam debaixo d’água. Se os via montando uma criatura, eles estavam em uma máquina movida a jato d'água.
Com o novo filme Avatar: Fogo e Cinzas marcado para chegar aos cinemas brasileiros em 18 de dezembro, James Cameron sinaliza que a próxima etapa da saga manterá o mesmo nível de dedicação por parte dos atores.