Todo mundo conhece a aquela sensação de estar comemorando um filme com o qual, no fundo, não consegue se identificar. Ou o oposto: amar uma obra que quase ninguém entende. No caso de Iron Sky: The Coming Race, talvez não seja exatamente amor, mas o filme é sim melhor do que sua fama sugere — ou, no mínimo, tão absurdamente insano quanto deveria ser.
A sequência de Iron Sky - Deu a Louca nos Nazis — aquele cult que mistura nazistas e ficção científica de forma completamente desvairada — contou com impressionantes 17 milhões de dólares em sua produção, tornando-se muito mais cara do que o filme original. E isso é perceptível: apesar de se manter uma produção independente, há momentos em que os efeitos visuais surpreendem com imagens até bastante impactante.
Porém, assim como no primeiro lugar, o mais recomendado é desligar as últimas células cerebrais em atividade e apenas deixar levar pela viagem. Porque, somente assim, é possível aproveitar The Coming Race em toda a sua glória. E o melhor: o filme está disponível no Prime Video e na AppleTV+.
Quando você dá carta branca a um artista
Dirigido novamente por Timo Vuorensola, Iron Sky 2 leva a excentricidade a outro nível: homens-lagarto, nazistas escondidos na lua, dinossauros e canhões laser — tudo isso reunido em uma trama que parece não fazer sentido, mas que, exatamente por isso, conquista fãs ao redor do mundo.

Algumas piadas podem até ter envelhecido mal (e mesmo na época de estreia já soavam datadas, graças ao longo processo de produção), mas há algo fascinante na maneira como o filme mergulha de cabeça em sua proposta sem qualquer vergonha. Afinal, estamos falando de um longa que, com um orçamento modesto, ousou explorar ideias tão malucas quanto as vistas em blockbusters como Godzilla vs. Kong.
Mas atenção: Iron Sky: The Coming Race não é exatamente um "bom filme" nos padrões convencionais. É, sim, uma experiência cinematográfica que testa os limites do absurdo e, só por isso, já merece ser conferida.
Apesar de ser considerado o capítulo final da saga, rumores sobre um terceiro filme circularam por anos, mas o projeto provavelmente nunca verá a luz do dia. Assim, o segundo longa permanece como um marco dessa franquia improvável — uma obra que, goste ou não, dificilmente será esquecida.