"Obrigado por não ter me escalado": O alívio de Robert De Niro por ter sido dispensado deste clássico do cinema
Luiza Zauza
Jornalista em formação dividida entre a paixão pelo cinema e pela música. Como coração é grande, cabe desde comédias românticas até documentários musicais. Sempre em busca de encaixar sua devoção por Jorge Ben Jor e John Carpenter em alguma conversa.

A saga mafiosa é uma das mais famosas da história do cinema e catapultou a carreira de ator de Robert De Niro e a de seu diretor.

Épicos de guerra, romances musicais e crônicas de terror. Durante seus mais de 60 anos de carreira, Francis Ford Coppola já fez de tudo. Sua veia artística e seu caráter independente não há à toa foram recentemente homenageados com o prêmio de carreira concedido pelo American Film Institute, o AFI Life Achievement Award.

Num tributo que reuniu seus grandes parceiros criativos e colegas de profissão, o diretor americano recebeu elogios e aplausos de ninguém menos que Robert De Niro e Al Pacino no palco do Dolby Theater em Los Angeles na noite de sábado, dia 26 de abril.

Os dois atores, reconhecidos por seus papéis na trama familiar mafiosa de O Poderoso Chefão, relembraram o trabalho que fizeram num dos filmes de maior sucesso tanto da filmografia de Coppola, quanto da história do cinema americano.

Michael Ochs Archive/Getty Images

Francis, obrigado por não ter me escalado em O Poderoso Chefão. Foi o melhor trabalho que eu nunca tive”, comentou De Niro em tom de brincadeira. “O que só significou que eu estava disponível para O Poderoso Chefão II. Francis, você mudou minha carreira e minha vida. Estamos todos aqui essa noite por causa de você. Nós te amamos

Nenhuma das grandes aventuras cinematográficas de Coppola passam perto do sucesso da sua epopeia gângster na qual, de fato, transformou o percurso profissional de De Niro. Foi com seu papel como Vito Corleone na juventude na sequência da saga que o ator ganhou seu primeiro Oscar, a estatueta de Melhor Ator Coadjuvante em 1975.

“Ainda estou em choque”: Há 45 anos, Al Pacino enviou uma carta a Robert De Niro para elogiá-lo por esse lendário filme

Em O Poderoso Chefão II, De Niro encarna essa versão mais jovem de Vito – brilhantemente representado no primeiro filme por Marlon Brando – numa trama em que o passado do patriarca é colocado em paralelo com a ascensão de seu filho Michael Corleone – papel de Al Pacino – como chefe da máfia. Considerada uma das melhores continuações da história do cinema, a obra de Coppola foi a primeira sequência a ganhar o prêmio de Melhor Filme na premiação do Oscar.

Sabe, nenhum de nós foi demitido de O Poderoso Chefão, mas alguns de nós chegaram bem perto”, brincou Al Pacino sobre sua passagem pela franquia. “Eu fui o que mais chegou perto. E Francis lutou por nós o tempo todo. Lutou pelo seu filme e sua visão, o que ele sempre faz. Ainda assim, poderia tê-lo demitido. Tudo era uma ameaça. Poderia ter nos demitido, mas não aconteceu. Agora, anos mais tarde, aqui estamos nós para celebrá-lo por isso. Obrigado, Francis. Obrigado por ter acreditado em mim até mais do que eu acreditava em mim mesmo. Sou eternamente grato por fazer parte da família de Poderoso Chefão

A trilogia de O Poderoso Chefão está disponível na Paramount+, no Telecine e no Mercado Play.

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