"Nunca quis ser ator, continuo não querendo": Travis Fimmel confessa que "entra em pânico" nos testes
Giovanni Rodrigues
Giovanni Rodrigues
-Redação
Já fui aspirante a x-men, caça-vampiros e paleontólogo. Contudo, me contentei em seguir como jornalista. É o misto perfeito entre saber de tudo um pouquinho e falar sobre sua obsessão por nichos que aparentemente ninguém liga (ligam sim).

O protagonista de Vikings, Warcraft e Tarzan não quer ser famoso.

Travis Fimmel protagonizou o filme Warcraft e séries como Vikings, que o levaram a ser conhecido em todo o mundo. Também Raised by Wolves, um título que muitos começaram a assistir porque Fimmel estava no elenco; e Duna: A Profecia, série dentro do conhecido universo de ficção científica que não teve muito boa recepção.

Possivelmente seja um dos atores mais populares da TV e também um dos mais carismáticos. Por alguma razão, os espectadores se sentem atraídos por este australiano e seu profundo olhar azul. Mas sob essa faceta de ator se esconde um homem que nunca quis se dedicar a isso e que desfruta mais renovando seu galpão do que passeando por um tapete vermelho.

Em uma entrevista à GQ, perguntaram como ele percebeu que poderia ser ator e a resposta nasceu da mais absoluta sinceridade: "Simplesmente saí e tentei. Fiz um curso. Nunca quis ser ator, jamais. Continuo não querendo".

Não, ele não quer ir a festas exclusivas nem protagonizar campanhas publicitárias. Fimmel se tornou conhecido como garoto-propaganda da Calvin Klein no início dos anos 2000. Ninguém conhecia seu nome, mas tenho certeza de que se você fizer uma busca rápida no Google lembrará do anúncio quase instantaneamente. Ele renega seu passado e não gosta de falar sobre como começou. Sua verdadeira felicidade se encontra no rancho onde vive nos arredores de Los Angeles.

History
Estou arrumando tudo. O galpão. Renovando a casa. Colocando cercas. Me dedico a arrumar o exterior: as árvores, construir coisas no terraço. Desfruto fazendo essas coisas. Desfruto não ver nada ali, fazê-lo, e depois ver algo que antes não estava ali

Mas seu dia a dia são os estúdios de gravação e conseguir papéis que lhe digam algo. Por sorte, chegou a um status como ator que lhe permite não ter que fazer muitos testes porque, como ele mesmo diz, as audições são um pesadelo. "Eu odeio. Odeio completamente. É muito pouco realista. Há pessoas que gostam de se levantar e falar na frente das pessoas. Eu não era dos que desfrutavam lendo em voz alta na aula", confessa ao meio, "Muitas vezes saí no meio das audições, envergonhado. Não lembro do último trabalho que consegui por uma audição de verdade. É horrível. Nervoso, suado, envergonhado. Me sinto como um macaquinho. Entro em pânico. Saio dali".

Se dependesse dele, viveria na Austrália, mas sabe que tem que ficar nos Estados Unidos se quiser ter trabalho. "Sim, prefiro estar em casa o tempo todo. As pessoas têm a mesma mentalidade lá; todos crescemos igual. Mas... infelizmente, há muito trabalho no exterior. Sabe, só há 26 milhões de pessoas na Austrália. Você tem que trabalhar no exterior para ter um nome", confessa à Esquire de uma casa que alugou temporariamente em Echuca, perto de onde cresceu.

Foi nesta conversa onde assegurou que se aposentaria da atuação assim que tivesse dinheiro suficiente para poder se aposentar. "Bem, ainda não ganhei dinheiro suficiente para me aposentar. Assim que fizer isso, vou me mudar para casa definitivamente... Não sei o que mais vou fazer. O que mantém um homem trabalhando nas minas? O que mantém um carpinteiro trabalhando o tempo todo? O que faz alguém se levantar de manhã e ir trabalhar? O que nos mantém fazendo isso? Fico muito feliz pelas pessoas que amam seu trabalho; invejoso e feliz. Mas não me motiva. Não me motiva", assegura.

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