Entre os ex-cônjuges Amber Heard e Johnny Depp todo tipo de roupa suja foi lavada diante dos olhos do público mundial. O julgamento sobre se Heard tinha permissão para chamar publicamente seu ex de agressor ou não foi - dependendo do ponto de vista - uma sátira brilhantemente divertida da vida real ou um caso triste em que, no final, provavelmente só houve perdedores de todos os lados (com exceção dos advogados de defesa bem pagos).
Como um filme de ficção pode acompanhar isso? Depois de algumas das histórias realmente absurdas no tribunal, até mesmo o papel mais famoso de Johnny Depp, como o Capitão Jack Sparrow, da franquia de sucesso Piratas do Caribe, não parece mais uma caricatura implacavelmente exagerada, mas de repente bastante inofensivo.
"Será interessante": Johnny Depp ainda não falou sobre Piratas do Caribe, mas Orlando Bloom já se pronunciouMas há pelo menos um longa na carreira de Depp cujo impacto os absurdos do mundo real não podem prejudicar - e que continuará a parecer tão insano quanto sempre. E com isso queremos dizer o grotesco terror Tusk - A Transformação, de Kevin Smith, que está disponível na Max, dentre outros filmes bons para assistir.
Para seu podcast, Wallace (Justin Long) se encontra com o velho marinheiro Howard Howe (Michael Parks), que tem uma história realmente incrível para contar. Mas então o jornalista desmaia de repente – e quando acorda novamente, seu anfitrião lhe diz que planeja operá-lo, pedaço por pedaço, para transformá-lo em uma morsa. Enquanto isso, o ex-inspetor Guy Lapointe (Johnny Depp, com um sotaque francês excêntrico) começa a investigação.
SModcast Pictures
Johnny Depp é o maior problema do filme
Claro que, como responsável por um filme independente com um orçamento de apenas três milhões de dólares, você não diz não quando um astro como Johnny Depp se oferece para estrelar a produção por uma pequena quantia simbólica. Mas no caso de Tusk, o diretor de Dogma, Kevin Smith, teria feito bem em recusar a oferta tentadora. Sob o pseudônimo de Guy Lapointe, o excêntrico Depp, no papel de um ex-inspetor de polícia que persegue o serial killer de morsas há anos, leva sua bizarrice ao extremo.
Isso é bem engraçado por um curto período, mas eventualmente o ator toma conta do filme inteiro com seu jeito extravagante e idiossincrático: fica a impressão de que Smith simplesmente não teve coragem de cortar nem um pedaço do material com sua superestrela convidada improvisadora. Isso é lamentável, já que o final sensacionalista e trash de morsa contra morsa entre Parks e Long quase se perde perto da longa participação de Depp.
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