“Ficou insuportável”: Robert Downey Jr. esteve perto de ser cortado de um dos filmes mais ambiciosos da Marvel
Giovanni Rodrigues
Giovanni Rodrigues
-Redação
Já fui aspirante a x-men, caça-vampiros e paleontólogo. Contudo, me contentei em seguir como jornalista. É o misto perfeito entre saber de tudo um pouquinho e falar sobre sua obsessão por nichos que aparentemente ninguém liga (ligam sim).

Lutando contra forças inflexíveis.

A Marvel já havia alcançado o aparentemente impossível. Conseguiu desenvolver um universo cinematográfico consistente, no qual vários dos maiores super-heróis da história poderiam coexistir em um mesmo filme e não ficar desequilibrados. O próximo desafio era ainda maior: fazer com que eles jogassem uns contra os outros.

Foi uma iniciativa ambiciosa transformar Capitão América: Guerra Civil, o último filme da trilogia liderada por Chris Evans, em uma espécie de Vingadores 2.5, em que o maior confronto é entre os próprios heróis. A realização do filme foi uma grande dor de cabeça para o estúdio, conforme relatado no livro MCU - The Reign of Marvel Studios.

Um dos grandes problemas foi Robert Downey Jr.. O ator era o rosto mais visível do sucesso da Marvel, e seu salário tinha de ser proporcional ao fato de ser o representante desse fenômeno. Somente para Os Vingadores, ele recebeu 50 milhões de dólares, e para Homem de Ferro 3 seu salário e lucros já somavam 70 milhões. Fazer um quarto Homem de Ferro tornou-se inviável, mas manter Downey em participações coadjuvantes também se tornou caro. Algo que também seria fundamental para Capitão América: Guerra Civil (isso e a garantia de que ele não seria o vilão).

Mas isso era um problema para o comitê criado pela Marvel Enterprises, que supervisionava não apenas o conteúdo dos filmes da Marvel Studios, mas também seus custos. O orçamento de Capitão América: Guerra Civil iria disparar, e eles exigiram um rascunho do roteiro que tivesse um custo mais moderado. E o corte mais importante foi a presença do Homem de Ferro, em um ponto completamente removido do filme.

Marvel Studios / Walt Disney Pictures

Um comitê implacável

Kevin Feige enfrentou a diretoria da Marvel, mas eles não cederam. Isso foi uma constante durante anos, mas se intensificou com esse filme ambicioso, com as “notas para melhorar a história” se tornando negativas. E, às vezes, a decisão de não ceder vinha de um membro da diretoria que dava as ordens. De acordo com um dos produtores da Marvel Studios, todo o processo “Tornou-se insuportável. Todos nós tivemos que aguentar. Aguentamos isso por muitos anos”.

O produtor acabou encontrando um aliado em Bob Iger, o CEO da Disney, proprietária da Marvel. O executivo acabou intercedendo nos conflitos entre o estúdio e a empresa, exigindo que eles “parassem de colocar obstáculos” no caminho do trabalho que estava sendo feito para desenvolver o MCU. Esse apoio deu mais liberdade criativa e poder orçamentário, permitindo que eles fizessem outros grandes sucessos populares, como Guerra Civil.

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