Catarina Parr é a sexta esposa do Rei Henrique VIII, cujas esposas anteriores foram repudiadas ou decapitadas (apenas uma morreu de uma doença). Com a ajuda de suas damas de companhia, ela tenta superar as armadilhas preparadas para ela pelo bispo, pela corte e pelo próprio rei...
Para o cineasta brasileiro Karim Aïnouz, a nacionalidade sueca de Alicia Vikander deu ao papel de Catarina Parr uma perspectiva totalmente nova: "A primeira coisa que ela traz é o fato de não ser inglesa, e isso foi empolgante para mim. Havia um pequeno sentimento de vingança ao ver uma estrangeira interpretar uma inglesa", diz o diretor. Ele continua:
"Depois de todos aqueles filmes sobre o Egito com Elizabeth Taylor, achei que era hora de virar o jogo! Alicia trouxe algo muito próximo do que eu havia imaginado, uma presença muito calma e discreta, mas também muito forte e misteriosa. Ela traz muita opacidade e eu nunca poderia ter feito um retrato adequado de Catarina Parr sem esse elemento de mistério."
Michelle Williams foi abordada pela primeira vez para interpretar Catarina Parr. Mas, por motivos de agenda, a atriz, que teve várias atuações memoráveis, inclusive em O Segredo de Brokeback Mountain e Os Fabelmans, foi forçada a desistir em favor de Alicia Vikander.
Brouhaha Entertainment/Magnolia Mae Films
Catarina Parr na tela
Com exceção do longa-metragem de 1933 Os Amores de Henrique VIII, a personagem de Catarina Parr até agora só apareceu nas telas em séries: The Six Wives of Henry VIII (1970), The Tudors (onde foi interpretada por Joely Richardson) e Becoming Elizabeth (interpretada por Jessica Raine).
Adaptação
A gênese do filme começou antes mesmo da publicação do romance de Elizabeth Fremantle, publicado em 2012. A produtora Gabrielle Tana leu as provas e imediatamente optou pela adaptação para as telas. Ela decidiu recorrer ao diretor Karim Aïnouz:
"Pensei nele porque não queria apenas mais um filme inglês de época. Eu queria um filme visceral sobre relações humanas. Ele mergulhou no passado sem nenhuma ideia preconcebida e trouxe uma visão muito moderna para a história".
Depois de muita pesquisa, o diretor decidiu se concentrar nos últimos meses da vida do rei, quatro anos depois de seu casamento com Catarina Parr, para contar a história do fim de um casamento, em vez de apresentar um filme biográfico clássico.
Brouhaha Entertainment/Magnolia Mae Films
O castelo
A produção passou muitos meses visitando todos os majestosos locais Tudor e medievais do Reino Unido. O filme inteiro foi filmado em Haddon Hall. "Com Haddon Hall, tínhamos um castelo remoto onde uma mulher está tentando escapar de um monstro - o cenário clássico para um terror psicológico sobre um relacionamento abusivo", diz a cenógrafa Helen Scott, a quem Karim Aïnouz deu o conto de fadas Barba Azul como referência principal.
Um cheiro incômodo
Jude Law pediu que fossem transmitidos odores desagradáveis no set, para que todos os presentes pudessem sentir a sujeira e a podridão em seu corpo na trama: "Era possível ver que todos tinham uma reação visceral a esse ambiente, o que nos ajudou a atuar". Firebrand ainda não tem data de estreia no Brasil.
*Tradução de site parceiro do AdoroCinema
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