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    ZÉ PEQUENO EXISTIU? Entenda quais personagens realmente existiram no clássico do cinema nacional
    Maria Santos
    Maria Santos
    Maria Clara decidiu estudar audiovisual para juntar o melhor de todos os mundos. Apaixonada pelo cinema independente e também pelos famosos filmes da sessão da tarde, não dispensa indicações e nem julga um filme pela sinopse.

    Cidade de Deus recebeu 4 indicações ao Oscar em 2004.

    Cidade de Deus marcou para sempre o imaginário dos brasileiros, assim como o cinema nacional. A narrativa apresentou uma série de personagens complexos e profundos. Busca Pé (), Bené (), Zé Pequeno (), Mané Galinha (), Cabeleira () e outros, são nomes que não passam despercebidos, mesmo 21 anos após a estreia da produção dirigida por Fernando Meirelles e Kátia Lund.

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    Todos eles têm como base a grande obra literária de Paulo Lins, lançada em 1997. No livro, o autor compartilha sua vivência em uma das maiores favelas do Rio de Janeiro: Cidade de Deus, um bairro da Zona Oeste do município do Rio.

    Baseado em fatos reais, e sendo uma denúncia da realidade de uma parcela da população brasileira, é fácil se perguntar se algum dos personagens conhecidos, tanto pela obra literária quanto pelo filme, realmente existiu.

    Confira a lista de personagens que de fato são baseados em pessoas que viveram na Cidade de Deus.

    Zé Pequeno

    O2 Filmes

    José Eduardo Barreto Conceição, conhecido como Zé Pequeno, foi um dos moradores da Cidade de Deus que acabou entrando para a criminalidade ainda jovem, quando era conhecido como Dadinho. Como no filme, Dadinho realmente foi chamado para ser vigia em um assalto de um dos motéis da região com um grupo de jovens.

    Mas a forma quase psicopata apresentada no filme por sua figura não era verdadeira, segundo relatos de moradores e amigos de Zé Pequeno, a situação da chacina foi responsabilidade de outra pessoa.

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    Assim como no filme, Zé Pequeno era conhecido por ser dono das bocas de fumo da região. Sua atuação ocorreu entre as décadas de 1970 e 1980.

    A morte de Zé Pequeno também é um mistério, diferindo do que foi apresentado no filme, uma vingança das crianças que eram alvo da criminalidade local, sendo que na realidade, segundo relatos, Pequeno não permitia crianças no tráfico.

    Mané Galinha

    O2 Filmes

    Manoel Machado Rocha, mais conhecido como Mané Galinha, foi um criminoso e também morador da comunidade da Cidade de Deus. Ex-militar, entrou no Exército Brasileiro aos 18 anos, onde ficou por alguns anos, mas ao sair acabou iniciando sua carreira criminosa como assaltante, sendo preso inúmeras vezes.

    Assim como no filme, Mané Galinha mantinha uma forte rixa com Zé Pequeno, por conta de um sequestro seguido de abuso sexual que sua esposa sofreu nas mãos de Zé. No intuito de vingar sua esposa, Mané Galinha procurou conquistar o poder das bocas e matar Zé Pequeno.

    Bené

    O2 Filmes

    Bené, assim como no filme, era amigo de infância de Dadinho, que logo se tornaria Zé Pequeno. Começou realizando pequenos roubos e furtos, enquanto ainda trabalhava em uma padaria.

    Sua história ainda mantém um mistério, então não é certo confiar na fidelidade de fatos vistos no filme, no entanto o carisma e a capacidade de manter boas amizades com todos da Cidade de Deus é um fato compartilhado por muitos moradores da época em que Paulo Lins procurava mais informações para seu livro.

    Trio Ternura (Cabeleira, Marreco e Alicate)

    O2 Filmes

    O Trio Ternura, formado por Cabeleira, Marreco e Alicate também existiu. E assim como no filme, Cabeleira era irmão de Bené. Conhecidos pelos moradores da Cidade de Deus, realizavam pequenos roubos e furtos, quando possível dividiam o dinheiro com a comunidade local, mantendo um espírito de "justiceiros".

    O Trio Ternura acabou se tornando uma fonte de inspiração para os meninos da comunidade.

    Aílton Batata ou Cenoura

    O2 Filmes / Fábio Guimarães

    Conhecido no filme como Cenoura, Aílton Batata é um ex-traficante envolvido com o grupo de Mané Galinha, chegando até mesmo a substituí-lo no comando, após sua morte. Aílton ficou conhecido após lançar "Cidade de Deus — A História de Ailton Batata, o sobrevivente", com a ajuda de Alba Zaluar e pelo psicanalista Luiz Alberto Pinheiro de Freitas.

    Em entrevista à revista Extra da Globo, Batata compartilhou sobre sua realidade na Cidade de Deus, onde informa que iniciou na vida do crime aos 16 anos, começando apenas como uma brincadeira, mas após perder o emprego seguiu com os amigos em pequenos assaltos.

    Chegou a ser preso algumas vezes. Entre idas e vindas no tráfico da Cidade de Deus, Batata era uma das poucas pessoas que enfrentava Zé Pequeno, após a morte de seu rival, largou o crime para virar taxista, mas logo foi preso acusado por antigos crimes.

    Durante o lançamento do filme, Ailton era o único vivo do grupo, por isso chegou a compartilhar sua impressão sobre o livro e a adaptação do filme, dizendo que de fato as duas obras não estavam retratando a verdade do que realmente aconteceu.

    Cidade de Deus já conta com uma nova adaptação em andamento pela HBO com produção de nomes já conhecidos como Fernando Meirelles.

    Cidade de Deus
    Cidade de Deus
    Data de lançamento 30 de agosto de 2002 | 2h 15min
    Criador(es): Kátia Lund, Fernando Meirelles
    Com Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora, Seu Jorge
    Usuários
    4,6
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