Média
3,6
33 notas
Você assistiu Jornada da Alma ?
3,0
Enviada em 13 de maio de 2014
Roberto Faenza, este grande Diretor, poderia ter optado por uma pitadinha a mais sobre a problemática da época, e de um viés um pouco mais científico na película, mas sua fonte de inspiração fora o Diário descoberto em 1977 De Sabina, o qual o roteiro é delineado com um tom mais voltado para o romance dos dois do que propriamente o caminho que por exemplo Cronenberg inseriu em seu bom filme: Um método perigoso. É interessante aferir um Jung mais humanizado e sensível do que a obra de Cronemberg, e a personificação correta da época, com momentos memoráveis como a dança dos pacientes com os Profissionais no âmbito de trabalho de Jung. Um filme obrigatório para os fãs da Psicologia, com boas e corretas interpretações que carece de um pouco mais de ousadia, mas se tratando de um roteiro inspirado em um diário e no que se pesquisou de Jung, o filme até que se torna um programa de boa qualidade.
3,5
Enviada em 23 de janeiro de 2015
As histórias que envolvem Sabina, Jung, Freud e a psicanálise são sempre fantásticas...
O filme enfatiza o romance proibido entre Jung e sua paciente, tendo como pano de fundo os conflitos políticos da época e a origem da Psicanálise.
Pontos negativos: a narrativa paralela tira a intensidade do drama, que é tendencioso a transformar o personagem principal em um "mártir" absoluto. Também senti muita falta das discussões calorosas entre os personagens sobre suas teorias, ou seja, faltou Psicanálise!
2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Olha, desculpe-me os críticos de plantão que deram notas baixas para este filme. Merece nota 10 e se não aprofundou talvez seja porque não fosse este seu propósito. Este filme tem tiradas fantásticas e ao mesmo tempo sutis que passam despercebidas aos menos atentos ou menos sensíveis ao tema.
1,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Tenho um certo problema com cinebiografias que tenham como intenção endeusar seu protagonista. Acho falso, exagerado, uma tentativa de santificar alguém que também teve seus problemas e que não é perfeito, como muitas vezes filmes do tipo mostram. É justamente o que ocorre neste "Jornada da Alma", especialmente em sua 2ª metade. O filme traz a vida de Sabina Spielrein, que esteve internada em sua adolescência em um sanatório e foi tratada pelo Dr. Jung, que aplicava os métodos ainda não tão conhecidos da psicanálise de Freud. Enquanto o filme focaliza o relacionamento entre Jung e Sabina ele é bastante interessante, por tratar dos limites no relacionamento médico-paciente e também por mostrar as diferenças entre o método de Freud e o antigo método de tratamento usado em sanatórios. Porém, quando Sabina passa a ter vida própria, o filme se torna justamente esta tentativa de endeusamento, mostrando seus esforços em se formar como médica e seu trabalho ao abrir uma creche que usava psicanálise com crianças. Ou seja, se torna totalmente previsível e bastante tedioso. Mediano apenas.
1,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
O diretor italiano aborda um tema dos mais interessantes: a relação médico-paciente se excedendo por completo seus limites. O quadro ganha interesse quando o médico em cena é Carl Gustav Jung, psiquiatria, criador da Psicologia Analítica, em quem Sigmund Freud depositava todas as esperanças de ser o seu sucessor na disseminação do pensamento psicanalítico pelo mundo. Na época em que Jung era discípulo de Freud, a psicanálise estava restrita á cidade de Viena e a seguidores de origem judaica. Nesse sentido, Jung poderia levar a psicanálise para fora do "gueto" judaico, além de ser uma mente fulgurosa, que em muito iria robustecer a teoria freudiana. O início do trabalho de Jung se deu numa clínica psiquiátrica na cidade de Zurique, Suiça. Criou o teste de associação de palavras, através do qual media as reações dos pacientes quando determinados vocábulos eram ditos. Era a aurora da formulação do sua teoria. Uma de suas pacientes era a bela jovem russa Sabina Spielrein (Emilia Fox, em excelente atuação), portadora de um quadro de histeria. Os dois se apaixonam e têm um caso amoroso após o tratamento. Jung era tão preocupado com a paciente que chegou a levá-la a uma doceria de Zurique, pois ela não estava se alimentando. Também sabia de que seus sonhos eram preditores do que acontecia com as pessoas à sua volta, e tal é o caso de Sabina (ele vai ao quarto de Sabina no Hospital no meio da noite, pois havia sonhado que a mesma tinha fugido). A vida sexual de Jung com a sua esposa Emma não parecia ser das mais atraentes. Por outro lado, Sabina trazia uma sensualidade que o psiquiatra, filho de um pastor luterano, que o envolveu por inteiro. Pelo menos por um período pequeno de tempo. Jung chegou a escrever para Freud, seu pai espiritual naquele período, pedindo que o aconselhasse. É claro que Freud sugeriu que o relacionamento de Jung com Sabina terminasse imediatamente. Era tamanha a paixão de Sabina por Jung que ela cursou a faculdade de medicina em Zurique e se especializou em psicoterapia infantil. Este é o ponto fraco do filme, quando Sabina retorna para a Rússia, no período imediato após a revolução de 1917, e passa a dirigir uma escola para crianças, onde implanta suas concepções teóricas. O diretor Roberto Faenza, então, cai na armadilha da adulação gratuita, tornando a personagem uma espécie de deusa. Toda a trama é conduzida por dois personagens no tempo atual, Maria (Caroline Ducey) e Fraser (Craig Fergusson) que vão até a Rússia descobrir os últimos vestígios da escola que Sabina dirigiu 80 atrás. Essa espécie de "história oficial" não interessa. O filme seria muito melhor se o seu foco principal fosse centrado exclusivamente na relação JUNG-SABINA.
4,0
Enviada em 28 de julho de 2017
O filme nos mostra, dentro dos rudimentos da psicanálise, um grande ato de falta de etica do Dr. Jung. Se mesmo a ética estava nos rudimentos, mesmo assim ele sabia que não podetia se envolver a tal ponto com uma paciente, o quadro dela, rudimentarmente descrito como "histeria" podetia até lhe tet trazido piora quando do rompimento dos dois. Gostei do filme pois é narrado sob a ótica de Sabina, não dos livros de Historia ou Psicologia, que só relatam as Teorias e descobertas de Jung. Emilia Fox muito bem! Muito verdadeira nas diferentes nuances de sua personagem. O filme usa como pano de fundo o contexto político da epoca, penso que só para nos situar. Oque aconteceu a Sabine já era possivel naquela época, retorno ao equilíbrio e uso da experiência para tratar/ ajudar outros. Muito emblematica a cena em que ela pensa estar falando com Jung, mas é apenas um senhor com biotipo parecido. Porque? Porque alguém na condição mental de Sabina, juntamente com a decepção da separação conduz a esse tipo de delírio . Boa direção, sutis modos de descrever erros e acertos de Dr. Jung, além do machismo da Época.
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5,0
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
O cineasta Roberto Faenza não é um dos mais conhecidos, mas ele conseguiu fazer um grande filme. Trata-se sem dúvida de um dos épicos sobre a psicanálise. Sobre o filme, ele nos mostra o quanto a ciência psicanalítica fez pela jovem Sabina. Mostra-nos também o relacionamento amoroso entre Jung e a sua paciente Sabina. E mostra-nos também o retrato de um Jung perturbado, incapaz de assumir suas emoções, além de estar casado com uma mulher dominadora (a sua esposa Emma Jung). Excelente filme. Imperdível.
2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Um filme maravilhoso. Sou estudante de Terapia Ocupacional, adoro psicologia, os trabalhos de Freud e Jung e o filme nos leva a visitar estes paradoxos: Uma mulher apaixonada e preterida busca na medicina a paz necessária e acaba por criar uma nova possibilidade para tantos seres humanos como o garoto debaixo da mesa. Curioso pensar que, se o seu amor fosse correpondido integralmente, nós não teríamos, em tese, a Sabrina doutora e nem a casa branca e nem eu estaria teclando agora falando do bem que este filme me fez. Estou atualmente com o Curso de TO trancado, sou Radialista, mas depois de ver o filme deu uma grande vontade de voltar para a sala de aula.
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