Em Deus Ainda é Brasileiro, sequência do clássico Deus é Brasileiro (2003), o cineasta Cacá Diegues revisita sua mitologia para narrar uma nova jornada de Deus (Antônio Fagundes) em terras brasileiras. Desta vez, Deus retorna à Terra após uma rebelião dos seres celestiais, que decidem lançar um meteoro para exterminar a humanidade, frustrados com os rumos tomados pelo planeta. A trama reflete um Brasil contemporâneo, pós-pandemia, marcado pela transição política e os desafios deixados por uma liderança de extrema-direita. A jornada de Deus explora temas sociais e culturais, como a convivência com povos originários e questões ambientais, alinhando-se à crítica e ao humor característicos da obra original. Enquanto revisita paisagens e dilemas do país, a narrativa combina comédia e drama para abordar a relação entre divindade e humanidade, expondo com sensibilidade e leveza os conflitos e esperanças do Brasil atual. Com toques de crítica social, o filme conecta passado e presente, propondo uma reflexão sobre a capacidade humana de se transformar diante de crises.