Eu vi brilho da TV é dirigido e roteirizado por Jane Schoenbrun e ao ser ambientado entre as décadas de 1990 e 2000, busca uma associação da tecnologia da época (TV) com o terror (suave). A história gira em torno de um adolescente chamado Owen (Justice Smith) que conhece outra adolescente Maddy (Brigette Lundy-Paine) na qual o faz assistir uma série de horror com o nome "The Pink Opaque". O que parecia ser uma simples série acaba sendo uma metáfora para vida de ambos. Primeiramente é preciso elogiar a rica e boa trilha sonora do filme, a ambientação da direção de arte e a fotografia impecável. Além das atuações boas de ambos os protagonistas. Porém, o ponto principal abordado no filme são vários e o principal é "quem é você no mundo?" "Você realmente se conhece?". Evidentemente que ao longo do filme percebemos que tais questões são associados a questão de gênero, as lutas pelo desejo, seu lugar na sociedade etc. A narrativa é bastante lenta, e até o primeiro ato aceitamos isso, pois estava sendo desenvolvida a relação entre os protagonistas e diálogos interessantes. Porém, tudo isso torna-se exaustivo a partir do segundo ato, pois o roteiro cria muitas metáforas que deixa o filme muito cansado e ao perder o fio conduto dessa narrativa, a trama vai perdendo o sentido. Uma forma da narrativa ser mais rápida seria as metáforas serem mais diretas ou que não existissem tantas.